Uma mulher viveu momentos de terror ao ser mantida em cárcere privado e torturada por três dias pelo próprio companheiro, em Sarandi, região metropolitana de Maringá. Segundo o relato da vítima, o agressor ficou descontrolado após uma crise de ciúmes motivada pelo fato de ela começar a trabalhar fora de casa. Ainda segundo o GMC, na manhã desta quarta-feira, aproveitando um momento de distração do homem, a mulher conseguiu abrir o portão da residência e correu até um mercado próximo, onde pediu socorro.
Ainda em estado de choque, a vítima foi encaminhada à delegacia, onde registrou boletim de ocorrência. Ela relatou que, além de agressões físicas, sofreu ameaças de morte e foi alvo de humilhações e xingamentos constantes. “Ele disse que ia me matar, gritava muito. Me xingava, me humilhava. O que mais me feriu foram as palavras dele”, declarou a mulher, enfatizando o abalo emocional sofrido pelo relacionamento abusivo que durou três anos.
Após o chamado da vítima, a Guarda Civil Municipal (GCM) foi acionada para acompanhá-la até a casa, onde ela retiraria seus pertences. No local, os agentes encontraram o agressor ainda dentro da residência. O supervisor da GCM, Ailton Lousano, relatou que percebeu no semblante do suspeito um olhar de ódio e raiva no momento da abordagem. Durante buscas, os guardas encontraram a faca usada nas ameaças escondida debaixo da pia.
O homem foi preso em flagrante e levado à delegacia. Apesar das evidências e do depoimento contundente da vítima, o suspeito negou as acusações. As investigações seguem sob responsabilidade da Polícia Civil de Sarandi, que apura todos os detalhes do caso para responsabilizar o agressor.
A mulher, que não tem apoio familiar na cidade, afirmou que teme por sua segurança mesmo após o registro da ocorrência e a prisão do agressor. A situação evidencia a gravidade da violência doméstica, reforçando a necessidade de redes de proteção e acolhimento para vítimas desse tipo de crime.