Segunda-feira, 30 de Setembro de 2024

“O processo de eleição do colégio é que vai definir se ele quer ou não”, diz deputado Hussein Bakri sobre projeto ‘Parceiro da Escola’

2024-06-05 às 11:36
Foto: ALEP

Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero na Rádio Lagoa Dourada FM, nesta quarta-feira (5), o deputado estadual e líder do governo na Assembleia Legislativa, Hussein Bakri (PSD) falou sobre o projeto ‘Parceiro da Escola’ que foi aprovado pelos parlamentares e sancionado pelo governador Ratinho Junior na última terça-feira (4).

Bakri destaca que o projeto não prevê a implantação do programa em todos os colégios do Estado, inclusive uma emenda sugerida e aprovada pelos parlamentares garante que apenas as 200 escolas selecionadas serão contempladas pelo projeto. O deputado ainda reforça que a merenda escolar continua gratuita nos colégios e também não haverá cobrança de mensalidade. Além disso, a fase mais importante do projeto inicia agora, segundo Bakri. “O processo de eleição do colégio é que vai definir se ele quer ou não. Quem vai votar: pais, funcionários, professores e alunos acima de 18 anos. É a maioria simples, a escola vai dizer sim ou não para o projeto”, diz.

Motivos

A escolha destes 200 colégios levou em consideração o IDEB baixo e evasão escolar, por exemplo. “Tem escola que está faltando professor, não tem alunos, tem escola com evasão de 50% dos alunos, tem escola que tem dois dias da semana que não tem aula. Alguma coisa está errada, e o que o Estado quer fazer: o Estado detectou que o IDEB caiu lá embaixo, porque tem todos estes fatores”, diz Hussein Bakri.

De acordo com o deputado, os diretores destas escolas poderão se dedicar somente à área pedagógica, diferente do que acontece atualmente, segundo ele, em que o diretor é responsável também por obras, reformas e prestação de contas, por exemplo. “É o papel do diretor descobrir porque os alunos estão faltando, descobrir porque em dois dias da semana falta gente e não tem aula. É muito grave, a Educação não pode pagar por isso. Então o diretor vai ficar liberado para cuidar da parte pedagógica, os professores do Estado continuarão nestas escolas”, afirma.

Os professores concursados terão os seus cargos garantidos. “Só vai sair de lá se quiser, em segundo lugar, quem é o patrão é o diretor pedagógico, cabe a ele qualquer decisão final. Os funcionários PSS, na verdade o PSS é mais precário do que o CLTista, ele não tem nem fundo de garantia, estes PSS, se houver qualquer problema pode ser susbstituído sim, por CLTistas, que podem ser contratados no lugar”, pontua.

Bakri ainda comenta sobre a ocupação da Assembleia Legislativa por parte dos manifestantes, na última segunda-feira (3). “Eu não posso comparar uma movimentação, um protesto legal, legítimo, de uma categoria, que faz parte do processo democrático, é um direto, não posso misturar isso com quebra-quebra. Não tem como associar uma coisa à outra: ou é legal, ou é quebra-quebra”, opina.

Mea-culpa

Hussein Bakri ainda assume uma ‘mea-culpa’ pelo “timing do projeto”. “Talvez o timing do projeto tivesse que ser um pouquinho… primeiro faz a conscientização, faz o debate, chama os diretores das escolas, conversa com os professores, talvez a gente tenha que fazer esta ‘mea culpa’ aqui, todos nós. É uma avaliação, a gente não acerta tudo na vida e acha que a gente só começa a corrigir as coisas na hora que entende que está errado”, diz.

“Na medida que o tempo for passando agora, que as pessoas forem entendendo, acho que essa falha vai sendo suprida, a comunicação vai ser melhorada, vamos explicando para a população os ganhos reais disso tudo”, completa.

Confira a entrevista completa: