Segunda-feira, 24 de Fevereiro de 2025

‘O que mais vale: a polêmica inventada ou o sorriso destas crianças?’, questiona Enio Verri

Polêmica sobre quantidade de bolas adquiridas, reforça foco da usina na inclusão social e esportiva no PR/MT
2025-02-24 às 14:51

A Itaipu Binacional, conhecida por sua atuação em projetos socioambientais, está no centro de um debate envolvendo a aquisição de bolas esportivas para um de seus convênios sociais. O programa, que promove atividades esportivas em comunidades vulneráveis, foi alvo de críticas após a divulgação do número de bolas adquiridas se tornar reportagem de um jornal. Apesar disso, a empresa defende a iniciativa como parte de um esforço mais amplo para transformar realidades.

O convênio em questão, realizado em parceria com o Instituto Athus e a Central Única das Favelas (Cufa), faz parte do projeto “Bio Favela – Cufa e Itaipu pela Vida na Favela”. A ação atende 40 comunidades no Paraná, promovendo oficinas de basquete, futsal e skate para cerca de 600 jovens por modalidade. Segundo dados divulgados, foram adquiridas 3.150 bolas para as atividades, o que corresponde a quase três unidades por criança atendida, mas a Itaipu deu detalhes e explicou o ocorrido; veja.

Transparência e qualidade como prioridades

Em resposta às críticas, Itaipu destacou que todas as compras foram realizadas com base em negociações que garantiram descontos significativos e priorizaram materiais de alta qualidade. A empresa argumenta que oferecer equipamentos melhores é uma maneira de proporcionar às crianças e jovens uma experiência mais enriquecedora, muitas vezes inacessível em suas realidades cotidianas. Além disso, reforçou que a prestação de contas segue rigorosos critérios técnicos e financeiros.

O Instituto Athus também se posicionou, afirmando que as bolas adquiridas foram escolhidas para garantir durabilidade e eficiência nas atividades ao longo dos três anos previstos pelo convênio. A entidade ressaltou ainda que parte das bolas mais simples vistas nas comunidades foram brindes enviados por parceiros. Vale ressaltar que os projetos atendem quase 2 mil crianças em mais de 40 faveladas em todo o estado do Paraná.

Impacto social além da polêmica

É importante contextualizar que o projeto “Bio Favela” não se limita à prática esportiva. Com um orçamento de R$ 24,5 milhões até 2027, ele contempla ações educacionais, culturais e de empreendedorismo em cem favelas do Paraná. Entre os objetivos estão a inclusão social e a geração de renda para jovens e mulheres em situação de vulnerabilidade.

A Itaipu Binacional tem uma longa trajetória no apoio a iniciativas sociais. Desde 2023, quando lançou o programa “Itaipu Mais que Energia”, a empresa vem expandindo sua atuação para além da geração elétrica, investindo em projetos alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Em 2024, por exemplo, foram beneficiadas mais de 5 mil crianças com oficinas culturais e esportivas em favelas atendidas pelo projeto.

O diretor-geral de Itaipu Binacional, Enio Verri, publicou um artigo no D’Ponta News afirmando que “para alguns, essas comunidades são apenas um número em um censo. Para a Itaipu, são territórios repletos de talento, esperança e potencial de transformação”. Segundo ele, não são números que definem as ações, mas sim a qualidade dos projetos incentivados pela Itaipu.