Sábado, 13 de Setembro de 2025

Ônibus da “suruba” no Paraná vira ponto turístico improvisado

Veículo abandonado atrai curiosos e moradores para fotos e vídeos, enquanto autoridade de trânsito reavalia situação e polícia investiga caso
2025-09-13 às 18:52

O ônibus abandonado em Cascavel, no Paraná, que virou cenário da gravação de um polêmico vídeo envolvendo seis adolescentes, tornou-se uma espécie de ponto turístico improvisado no bairro Morumbi. Desde a viralização das imagens nas redes sociais, dezenas de jovens e curiosos visitam o local para fazer selfies e vídeos, transformando o veículo em uma atração inusitada da cidade. Segundo moradores, o ônibus está abandonado há cerca de dois anos e já era alvo de reclamações pela sensação de insegurança. Depois da repercussão do vídeo de sexo coletivo gravado ali, a quantidade de visitantes aumentou consideravelmente.

Nova vistoria e providências da Transitar

A Autarquia Municipal de Mobilidade, Trânsito e Cidadania de Cascavel (Transitar) informou que realizará uma nova vistoria técnica no ônibus. Caso seja constatado que o coletivo segue em estado de abandono, o proprietário será notificado e terá 15 dias para tomar providências como manter o veículo limpo, os pneus cheios e controlar o acesso ao interior.

A Transitar já havia recebido denúncia anterior sobre o ônibus. Na época, o dono foi notificado e realizou alguns ajustes exigidos pelas normas locais. Ainda assim, moradores afirmam que o local segue sendo ponto frequente para consumo de drogas e abrigo de pessoas em situação vulnerável, além da atual onda de visitantes atraídos pela polêmica.

Investigações e repercussão nas redes sociais

A Polícia Civil do Paraná abriu inquérito para apurar as circunstâncias do vídeo, incluindo a eventual vulnerabilidade da adolescente e o uso de álcool ou drogas pelos envolvidos. Quatro dos seis adolescentes já foram identificados e devem ser ouvidos, juntamente com seus responsáveis. O caso está em sigilo, por envolver menores de idade.

A gravação e o compartilhamento do material de teor sexual envolvendo adolescentes (ato que configura crime segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente) ampliaram a repercussão do episódio, com dezenas de perfis nas redes sociais utilizando o conteúdo em busca de seguidores e engajamento. A menina envolvida no vídeo se pronunciou pela internet dizendo que autorizou a gravação, mas não tinha conhecimento de que seria divulgado.