há 5 horas
Heryvelton Martins

Até o fim de novembro, o Brasil deve enfrentar a passagem de três ciclones extratropicais, fenômenos que trarão frentes frias, ventos intensos e chuvas volumosas para seis estados das regiões Sul e Sudeste, segundo nova pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS). Os estados mais impactados serão São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O primeiro ciclone está previsto para atingir São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais, enquanto o segundo afetará Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O terceiro ciclone, previsto para a última semana do mês, deve reforçar o tempo instável nessas regiões.
Os ciclones extratropicais provocarão quedas de temperatura, ventos fortes (com rajadas de até 100 km/h em áreas litorâneas), chuvas intensas e aumento da agitação marítima. Há risco de alagamentos e deslizamentos de terra, especialmente em áreas de maior declividade. O padrão climático será marcado por temperaturas mais amenas, especialmente nas regiões serranas e planícies, com mínimas podendo chegar a 5°C em pontos elevados do Sul.
Especialistas recomendam que as populações desses estados se preparem para possíveis transtornos, como interrupções no fornecimento de energia, riscos de acidentes em áreas de risco e necessidade de reforço nas estruturas de defesa civil. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e instituições meteorológicas reforçam a importância do monitoramento contínuo e da divulgação de alertas para minimizar danos.
A primavera de 2025 está sendo marcada por uma frequente incursão de frentes frias, fenômeno agravado pelo fenômeno La Niña, que intensifica as massas polares no Pacífico e favorece o avanço de ar frio sobre o continente. Embora os ciclones não sejam tão intensos quanto o tornado que recentemente atingiu o Paraná, os efeitos combinados de ventos fortes, chuvas e queda de temperatura exigem atenção especial.
A previsão é de que o padrão climático instável persista até o final do mês, com impactos principalmente nas regiões Sul e Sudeste, enquanto o Centro-Oeste e o Nordeste devem continuar sob influência de massas de ar quente e úmido.e úmido.