O Estado do Paraná, através das secretarias de Estado do Planejamento e do Turismo, assinou no 3° Congresso Brasileiro de Trilhas, que aconteceu de 14 a 17 de novembro em São Paulo, um Acordo de Cooperação Técnica com representantes dos estados de São Paulo e Santa Catarina para a construção de uma rede de ajuda mútua no desenvolvimento do Caminhos do Peabiru.
O Caminhos do Peabiru é uma trilha ancestral que os índios tupi-guarani utilizavam para se conectar ao Oceano Pacífico, com os Incas, que cruza praticamente todo o Estado do Paraná, mas também tem uma bifurcação para os estados de São Paulo e Santa Catarina.
O Governo do Estado já deu início ao resgate histórico da trilha, que passa pelo mapeamento das rotas e inclusão do tema em sala de aula, visando estimular o turismo de aventura e de caminhada, que vai levar desenvolvimento e gerar empregos nas cidades com o atrativo.
Na reunião de governança no evento, foram encaminhadas ações para consolidar uma cooperação regional eficaz e integrada para o desenvolvimento do projeto. A experiência do Paraná serviu como base para a elaboração de uma proposta conjunta e a definição dos pilares iniciais do plano de trabalho, focada em legislação, pesquisa e metodologia de projetos.
Segundo o secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, firmar o acordo com São Paulo e Santa Catarina para integrar esses Estados nesse ativo que cruza o Paraná, conectando-o ao Paraguai, Bolívia e Peru, é um grande passo para desenvolver esse novo ativo turístico.
“Nós temos confiança de que essa trilha pode ser um grande projeto de desenvolvimento turístico e econômico, e o trabalho de parceria com os demais estados vai ajudar a termos mais avanços nessa agenda”, disse o secretário.
Além da troca de informações entre os Estados, será fomentado o engajamento comunitário local e indígena na gestão e desenvolvimento do Caminhos de Peabiru, crucial para garantir que as práticas culturais e ambientais sejam respeitadas e preservadas.
Ao seguir essas estratégias, os três estados podem garantir um desenvolvimento coordenado e sustentável do atrativo, preservando sua rica história e cultura para as futuras gerações.
Foz do Iguaçu
Além da assinatura do acordo de cooperação, foi anunciado no evento que Foz do Iguaçu, no Oeste paranaense, sediará a quarta edição do Congresso Brasileiro de Trilhas e a primeira em nível pan-americano, no segundo semestre de 2025. O palco será as Cataratas do Iguaçu, uma das Sete Maravilhas do Mundo, que conta em seu entorno com uma grande variedade de trilhas dentro do Parque Nacional do Iguaçu.
Para o secretário estadual do Turismo, Márcio Nunes, receber o evento pela primeira vez no Paraná é uma grande oportunidade. “Temos um potencial espetacular quando se trata de trilhas terrestres ou aquáticas, contando também com a maior reserva intacta de Mata Atlântica. Agora, teremos a oportunidade de mostrar que o Paraná não é rico apenas em paisagens bonitas, mas sim, em infraestrutura, atendimento de qualidade e na aliança entre o turismo e preservação ambiental, o Estado mais sustentável do País”, disse.
“É necessário estudar e entender como funciona a implantação de uma trilha e como ela pode virar um roteiro, por isso temos um trabalho voltado à infraestrutura, às políticas públicas e à preservação do meio ambiente, por meio do turismo responsável. Isso acarreta no bem-estar dos turistas, da natureza e dos trabalhadores, que têm novas formas de gerar emprego e renda por meio do setor”, completou Nunes.
Segundo a coordenadora de Gestão e Sustentabilidade da Setu, Anna Vargas, os holofotes estão voltados à próxima edição do congresso. “Por meio deste evento, conseguimos entender a importância das trilhas ao turismo e a sociedade. Por isso, receber uma edição ainda maior em Foz do Iguaçu, berço de preservação da natureza, é extremamente relevante. É por meio de iniciativas como esta, chamando esses congressos que são referência em suas áreas de atuação ao Paraná, que nós conseguimos nos posicionar como um Estado referência na área”, afirmou.
da AEN