O estado do Paraná começou nesta semana a destruição de cerca de 10 milhões de ovos de incubação como parte das ações para conter o avanço da gripe aviária (Influenza Aviária de Alta Patogenicidade – H5N1). A decisão, tomada em conjunto por autoridades sanitárias estaduais e federais, visa impedir a propagação do vírus em granjas comerciais e proteger a cadeia produtiva avícola do estado, que é o maior produtor de frangos do Brasil.
A destruição dos ovos ocorre em estabelecimentos onde foram identificados focos suspeitos ou confirmados da doença. Segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), a medida segue protocolos internacionais de biossegurança e é fundamental para evitar que aves contaminadas cheguem ao mercado.
O impacto da ação na produção e no abastecimento de ovos e carne de frango ainda está sendo avaliado por entidades do setor. Representantes da Associação Paranaense de Avicultura (Apavi) alertam para possíveis reflexos nos preços e na oferta de produtos nas próximas semanas. O Paraná responde por cerca de 33% da produção nacional de frango, sendo peça-chave nas exportações brasileiras.
O Ministério da Agricultura reforça que não há risco para o consumo de carne e ovos devidamente inspecionados, e que todas as ações seguem as recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O órgão também destaca a importância da colaboração entre produtores, órgãos públicos e a sociedade para garantir a segurança sanitária e minimizar os impactos econômicos.