A Itaipu Binacional e o Parque Tecnológico Itaipu (PTI) assinaram, na manhã desta segunda-feira (18), um protocolo de intenções com o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O objetivo é fomentar uma cultura de incentivo à inovação e proteção à propriedade intelectual nas duas instituições. A assinatura aconteceu durante o 2º Encontro de Gestão do Conhecimento Mais que Energia, na Central Hidrelétrica de Itaipu.
Assinaram o protocolo de intenções o diretor administrativo de Itaipu, Iggor Rocha; o diretor-superintendente do PTI, Irineu Colombo; o diretor técnico do PTI, Alexandre Leite; e o presidente do INPI, Júlio César Castelo Branco Reis Moreira. Após a solenidade, Moreira proferiu a palestra “O potencial verde da propriedade intelectual”.
“Quando essa nova gestão se iniciou, a gente descobriu que tem vários inventores na Itaipu, como na Diretoria Técnica e na Diretoria de Coordenação. O que a gente precisava era desenvolver métodos de proteger essas invenções e ninguém melhor do que o INPI para nos ajudar com isso”, afirmou Iggor Rocha. Segundo ele, a parceria vai permitir a capacitação dos empregados e a gestão das invenções na Itaipu.
Para Moreira, há um potencial muito grande de inovação nas atividades da Itaipu e do PTI. “A geração de conhecimento por meio das pesquisas ou o trabalho desenvolvido na área de manutenção da hidroelétrica são importantes porque geram uma tecnologia riquíssima para o País, por ser uma tecnologia verde”, disse.
O presidente do INPI considera que o foco do mundo é nas tecnologias verde, de baixo impacto ambiental, e o Brasil tem muito a desenvolver nesta chamada neoindustrialização. “Isso significa colocar o País de novo no trilho, no eixo do cenário internacional, para competir também com produtos de alto valor agregado, gerando realmente riqueza para o nosso País. E Itaipu tem um papel fundamental nisso”, concluiu.
Cultura de inovação
Em sua palestra, Júlio César Moreira apresentou o INPI, autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que tem como função executar as normas que regulam a propriedade industrial, com base na relevância social, econômica, jurídica e técnica.
De acordo com ele, o Brasil precisa avançar muito em relação ao registro de patentes e proteção da propriedade intelectual e industrial. Anualmente, a China registra 1,5 milhão de patentes, enquanto no Brasil são somente 27 mil. Apesar de ter o 8º maior PIB do mundo, o Brasil está em 47º lugar no ranking de pedido de patentes. “É necessário criar uma cultura de inovação e de proteção à propriedade industrial nesse País”, resumiu.
da Itaipu Binacional