Em entrevista exclusiva com o apresentador João Barbiero, durante o programa Ponto de Vista, levado ao ar a todo o Paraná pela Rede T na manhã deste sábado (08), o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto falou sobre o Sistema Único de Saúde e os investimentos estaduais em hospitais particulares e filantrópicos. “Nós continuamos enfrentando os obstáculos e adversidades e nesse sentido o governador Ratinho Junior autorizou. Estamos terminando uma grande proposta, já foi até pactuada com os prefeitos e secretários de saúde e vamos fazer um reajuste da tabela do SUS para os casos de urgência e emergência. Nós vamos dar um salto de qualidade, vamos expandir mais ainda a possibilidade de atender cirurgias sem urgência e vamos pagar mais os procedimentos de urgência e emergência”, afirma.
Beto adianta que a ação é de vanguarda: “O Paraná está saindo na frente. São Paulo agora está montando uma estratégia parecida”. Durante a entrevista, ele relembrou também sua atuação como deputado federal. “Fiquei lá 72 dias como deputado. Todo semana eu fui cobrar lá na tribuna do plenário da Câmara a mexida na tabela do SUS. Ainda não houve isso por parte do governo federal, mas nós aqui no Paraná entendemos a necessidade, o governador Ratinho Junior entende, que temos que melhorar o pagamento dos profissionais da saúde, médicos, enfermeiras dos hospitais, então fizemos esse movimento. Tenho uma percepção que estamos conseguindo apoiar esses hospitais que nos ajudam todos os dias”, pontua.
Ao ser questionado sobre possíveis problemas futuros, o secretário foi enfático ao dizer que “não tem nada na saúde que não preocupe a gente”. “Nós mexemos com a vida e com a morte. Febre maculosa que se falou há três semanas, fez vítimas e eu falei ‘calma, gente, não vamos sair atirando nas capivaras que não é isso’. Agora veio a questão da gripe aviária. Tomando as medidas necessárias nós vamos passar por ela”.
Beto também afirmou que a Secretaria de Saúde (SESA) realiza trabalhos de desdobramento pós-pandemia. Cirurgias eletivas que ficaram para trás, retomada dos cuidados das doenças crônicas, hipertensão, diabetes, asma, tratamento de sequelados da covid são alguns dos itens listados por ele.
Com o aumento no número de casos de dengue no Paraná, o secretário conta que o estado já está fazendo cobranças para a vacina contra o vírus. “A dengue agora está se descortinando um novo horizonte. A possibilidade de uma vacina que a Anvisa já considera eficaz, que está sendo vendida nos laboratórios privados e deve entrar em aprovação nos próximos meses, ou seja, para o próximo ciclo da vacina que está sendo produzida pelo Butantan. Nós vamos ter possivelmente até o final do ano, começo do ano que vem, vacina contra a dengue efetiva”, declara.
Agradecimento
Beto Preto contou que esteve presente na 17ª Conferência Nacional de Saúde e destacou a atuação do SUS. “Olhando tudo que vi lá, movimentos sociais, pessoas com deficiências, quero dizer que o SUS está vivo, em pé, mesmo com toda sabotagem que ao longo do tempo ele sofre. Um assunto muito colocado lá, a questão das minorias, eu insisto em falar para todo Paraná pelo sistema T de rádios. Para vencer o gargalo, as dificuldades e o preconceito, nós precisamos fazer o SUS funcionar efetivamente para quem mais precisa”, pontua.
Ao fim da entrevista, o secretário deixou um agradecimento aos profissionais da saúde. “Nós fizemos um grande trabalho na SESA de receber vacinas, acomodar nos freezers, preparar a distribuição e levar aos municípios. O estado não vacinou ninguém, quem vacinou foi o município que recebia a dose e organizava à sua maneira de fazer a vacina chegar no braço do paranaense. Eles são os braços que operam o SUS em todo o Paraná”, finaliza.
Confira abaixo a entrevista na íntegra: