Domingo, 15 de Dezembro de 2024

Ponto de Vista: Chiorato considera Gleisi o nome mais viável para eventual eleição suplementar para o Senado

Diante da eventual cassação de Moro, Paraná pode ter eleições suplementares ainda neste ano para o Senado
2023-07-01 às 12:18

Com exclusividade ao programa Ponto de Vista, apresentado por João Barbiero na Rede T de rádios do Paraná, na manhã deste sábado (1º), o deputado estadual Arilson Chiorato, presidente do PT no Paraná, afirmou que Gleisi Hoffmann é o nome mais cotado para disputar a eventual eleição suplementar para o Senado, caso se confirme a cassação do senador Sérgio Moro (União Brasil – PR).

“Os sinais dados pelo mundo político é de que poderemos ter uma nova eleição, com certeza, no estado do Paraná. Talvez seja ainda nesse ano ou no comecinho do ano que vem. Mas está se encaminhando para isso, pelo que vejo dos rumores e conversas”, afirma.

Para ele, é evidente que o PT vai apresentar um candidato, diante de uma possível eleição suplementar. “Ou melhor, na minha avaliação, tem que ser uma candidata e o nome é Gleisi Hoffmann, a presidente nacional do partido, deputada federal mais votada e a pessoa com uma história de luta muito grande”, sintetiza.

Chiorato destaca que Gleisi tomou a frente contra a deposição da ex-presidente Dilma Rousseff e todos os seus desdobramentos. “Gleisi encabeçou a injusta prisão de Lula, fazendo a defesa, estando, literalmente, aqui em Curitiba, defendendo Lula em todo esse processo. Gleisi foi a principal oposição ao governo Bolsonaro e também, obviamente, foi a condutora da campanha do presidente Lula”, ressalta.

Para além do papel de liderança na oposição nos últimos anos, Chiorato aponta outro fator que faz de Gleisi a candidata ideal para a sigla. “Mais do que isso, Gleisi conhece o Paraná como a palma da sua mão, é muito preparada e muito bem quista pelo povo paranaense e, na minha avaliação, é a melhor candidata que o PT pode ter”, diz.

A avaliação de outros nomes ainda não está descartada. “Temos uma discussão prévia no partido, com respeito aos demais que postulam o cargo. Mas, na minha opinião, Gleisi é, nesse momento, o nome mais indicado para fazer essa disputa, caso ela ocorra”, frisa. Roberto Requião, que concorreu ao Senado em 2022 pelo PT, manifestou interesse em participar do pleito. Nos bastidores, segundo o Metrópoles, Requião aceitaria apoiar Gleisi em troca de um cargo no primeiro escalão de Lula. O líder do PT na Câmara, o deputado federal Zeca Dirceu, disse estar “animado” com a possibilidade de vir a se candidatar.

Mesmo assim, a definição pela candidatura de Gleisi é tomada como “natural” dentro da sigla, pela sua dedicação e firmeza “nas horas tristes e ruins” e por ter uma “proposta coesa para o Paraná”. “Gleisi é contra o pedágio caro e abusivo; ela se posiciona firme contra a venda da Copel; não é a favor da privatização do Porto [de Paranaguá]. Gleisi entende que temos que ter um diálogo mais aberto e dar a mão para o presidente Lula. Ninguém é mais indicado do que ela para pegar na mão do presidente Lula para cuidar do Paraná. Vai ser uma relação íntima do Governo Federal com o Estado do Paraná. Por isso, a Gleisi é, na minha opinião, o melhor nome disparado para ser a senadora do Paraná”, analisa.

Chiorato ressalta, ainda, outros atributos que fortalecem o estofo de Gleisi como potencial candidata: a deputada federal, pelo segundo mandato consecutivo, já foi senadora (2011-2019), ministra-chefe da Casa Civil, no governo Dilma, e diretora financeira da Itaipu Binacional no primeiro mandato de Lula, de quem é pessoa de confiança.

“Precisamos que o Paraná tenha, de fato, uma relação íntima com o governo federal. Não só institucional. Já temos uma relação institucional, porque o Lula é um grande estadista. Mas precisamos de uma relação em que o Paraná seja prioridade e que as mazelas que vemos que estão acontecendo, como a questão da Copel e do pedágio – que precisamos que volte, mas numa tarifa baixa – a Gleisi tem condição de apaziguar e fazer tudo isso acontecer. Ela tem que ser a candidata do PT ao Senado”, reforça.

Eleição suplementar

O senador Sérgio Moro enfrenta dois processos, que correm em sigilo de justiça, que o acusam de caixa 2 e abuso de poder. Os dois processos são movidos pelo Partido Liberal e pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) e as ações foram unificadas. Ainda que o cargo seja legislativo, as eleições para o Senado são majoritárias – isto é, vence o mais votado. Nesse caso, diante de eventual cassação do eleito menos de um ano depois da eleição, são convocadas eleições suplementares, pois o suplente não assume o cargo.

É possível que Paulo Martins, que teve disputa acirrada com Moro, seja o candidato do PL. Martins teve 29,12% dos votos, cerca de 255 mil a menos que Moro, e desbancou Álvaro Dias (Podemos), que ficou em terceiro lugar, depois de três mandatos consecutivos (1999-2023) no Senado. O próprio Álvaro Dias pode se candidatar. Além deles, Ricardo Barros (PP), pretende colocar seu nome à disposição caso Moro seja, de fato, cassado.

Ponto de Vista

Apresentado por João Barbiero, o programa Ponto de Vista vai ao ar semanalmente, aos sábados, das 7h às 8h, pela Rede T de Rádios do Paraná.

A Rádio T pode ser ouvida em todo o território nacional através do site ou nas regiões abaixo através das respectivas frequências FM: T Curitiba 104,9MHz;  T Maringá 93,9MHz; T Ponta Grossa  99,9MHz; T Cascavel 93,1MHz; T Foz do Iguaçu 88,1MHz; T Guarapuava 100,9MHz; T Campo Mourão 98,5MHz; T Paranavaí 99,1MHz; T Telêmaco Borba 104,7MHz; T Irati 107,9MHz; T Jacarezinho 96,5MHz; T Imbituva 95,3MHz; T Ubiratã 88,9MHz; T Andirá 97,5MHz; T Santo Antônio do Sudoeste 91.5MHz; T Wenceslau Braz 95,7MHz; T Capanema 90,1MHz; T Faxinal 107,7MHz; T Cantagalo 88,9MHz; T Mamborê 107,5MHz; T Paranacity 88,3MHz; T Brasilândia do Sul 105,3MHz; T Ibaiti 91,1MHz; T Palotina 97,7MHz; T Dois Vizinhos 89,3MHz e também na T Londrina 97,7MHz.

Confira a entrevista na íntegra: