Com exclusividade, o programa ‘Ponto de Vista’, apresentado por João Barbiero na Rede T de rádios do Paraná, na manhã deste sábado (26), entrevistou a deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann.
Durante o bate-papo, Gleisi dá detalhes sobre o programa ‘Itaipu Mais que Energia’, que prevê um repasse total de R$ 931,5 milhões aos municípios paranaenses em projetos que devem fazer parte de, pelo menos, um dos quatro eixos de atuação: Manejo de Água e Solo; Saneamento Ambiental; Energia Renovável e Obras Sociais, Comunitárias e de Infraestrutura.
“Foi uma decisão do governo federal estender as ações da Itaipu para todo o estado”, revela Gleisi. “Quando a Itaipu foi criada, para gerar energia, ela tinha uma missão, utilização dos recursos hídricos do Rio Paraná, até a foz do Rio Iguaçu, para o aproveitamento hidrelétrico. Isso vigorou até 2003 e ela não fazia nenhum investimento, a não ser na geração de energia. Qundo o presidente Lula assumiu em 2003, ele deu uma orientação para que a gente mudasse a missão de Itaipu, que passou a ser, a partir de 2003, gerar energia elétrica de qualidade com responsabilidade social e ambiental, contribuindo com o desenvolvimento sustentável do Brasil e do Paraguai, além de garantir a segurança hídrica”, completa.
Naquela ocasião, Gleisi integrava a direção de Itaipu. Ela relembra que os investimentos começaram a ser feitos nos municípios lindeiros, que faziam parte da bacia do Rio Paraná e Mato Grosso do Sul. Em 2023, com o término da dívida da construção da Usina de Itaipu, paga pelo Brasil e Paraguai, o presidente Lula orientou a utilizar os recursos para contribuir com investimentos “para todo o Estado do Paraná, que foi o Estado que deu o berço e o território para a construção de Itaipu. Acho isso muito importante, acho que vai ajudar muito os municípios”, defende.
Neste contexto, a deputada federal pediu para que a Caixa tivesse celeridade na liberação dos recursos para os municípios, para evitar que o projeto seja desvalorizado e os custos aumentem com a demora para disponibilização dos investimentos. “Agora a Itaipu tem um fundo especial, em que a Itaipu repassa um dinheiro, vai utilizar a expertise da Caixa, mas esse dinheiro já fica na conta do município. Conforme o município vai fazendo a obra, vai enviando a nota fiscal e vai recebendo o dinheiro. Eu pedi sim, para a gente não demorar, temos que agilizar o recurso de forma mais imediata, para que ele faça efeito o mais rápido possível, você ter um investimento num determinado município, você vai gerar emprego, consumo de material, renda”, argumenta.
Como vai fazer a diferença nos municípios?
Gleisi Hoffmann explica que, para os municípios terem acesso a estes recursos, será necessário que as prefeituras enviem um projeto dentro dos quatro eixos de atuação, que será analisado pela Itaipu. Segundo a deputada, no eixo saneamento ambiental será possível contemplar projetos para construção de cisterna para aproveitamento de água, biodigestor de pequeno porte, reforma de infraestrutura para unidade de valorização de reciclável, caminhão para coleta seletiva de reciclável e esteira de separação de resíduos, por exemplo. “Vai ajudar muito o pessoal que trabalha com material reciclável, vai estimular os municípios a fazer a separação do lixo. Isso é bom porque gera renda para quem trabalha nessa área e é bom porque tem impacto também na natureza”, pontua.
No eixo de energia renovável, estão projetoss de sistema de geração fotovoltaica (placa de energia solar). “Isso pode ajudar a baratear as contas de luz das pessoas dos municípios, instala placas em determinados conjuntos habitacionais, escolas, prédios públicos, isso dá queda no custo de energia que o município tem que pagar”, observa.
Já dentro do eixo manejo de água e solo, está contemplada a recuperação e proteção das nascentes. “Itaipu já faz bem ali na região, mas tem que fazer no Estado inteiro”, afirma. Outros projetos como triturador de galhos e adequação de estradas rurais. “É uma série de medidas que vão se conectando para ajudar a ter produção sustentável e melhorar as condições de escoamento de produção”, conta. No eixo obras sociais e comunitárias está a construção ou reforma de obras comunitárias, centros comunitários, centros sociais e culturais, por exemplo.
“Tudo isso dentro dessa visão do PAC, de ter um conjunto de ações e de investimentos, para gerar desenvolvimento, emprego e renda”, finaliza.
Confira a entrevista na íntegra:
Ponto de Vista
Apresentado por João Barbiero, o programa Ponto de Vista vai ao ar semanalmente, aos sábados, das 7h às 8h, pela Rede T de Rádios do Paraná.
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