Sexta-feira, 03 de Maio de 2024

Ponto de Vista: Programa Casa Fácil proporciona ao paranaense a dignidade de morar bem, salienta Jorge Lange, presidente da Cohapar

2024-04-20 às 09:33
Jorge Lange, presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) – Foto: Roberto Dziúra Jr./AEN

Com exclusividade ao Ponto de Vista, programa apresentado por João Barbiero na Rede T de rádios do Paraná, na manhã deste sábado (20), o presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Jorge Lange destacou as principais realizações do atual governo no que diz respeito à moradia para os paranaenses nos últimos anos. Mais do que um sonho, a habitação é uma necessidade essencial para a dignidade humana.

“Quem lida com habitação, principalmente habitação de interesse social, como é o nosso caso, na Cohapar, lida com sonhos. Não é simplesmente uma coisa de concreto, que se constrói, mas, sim, lidar com o sonho de muita gente. Felizmente, temos tido a oportunidade de realizar esses sonhos por todo o Estado do Paraná”, diz Lange, que assumiu, nesta semana, a presidência do Fórum Nacional de Secretários de Habitação e Desenvolvimento Urbano (FNSHDU), em Brasília. A nova mesa diretora comanda a entidade até 2025.

Lange faz menção ao programa Casa Fácil, idealizado pelo governador Ratinho Junior, que se tornou lei para poder virar uma política pública. A lei estadual 20.394/2020 cria o programa e o decreto 7.666/2021 regulamenta diretrizes de atendimento do programa, que estabelece prioridade a mulheres chefes de família, por exemplo. “O Casa Fácil tem proporcionado que a gente realize esse sonho e faça com que as pessoas possam ter a dignidade de morar bem, de se proteger do frio. É muito gratificante, para quem está na vida pública, ver essa realização completa”, destaca.

O presidente da Cohapar relembra que, em 2019, quando o governador Ratinho Junior assumiu seu primeiro mandato, recomendou à equipe a criação de um programa robusto que atendesse a todas as camadas da população, desde a mais humilde até aquele que pode adquirir sua casa via financiamento. Lange detalha algumas modalidades em que o programa se subdivide. “Preparamos esse programa, que o governador denominou Casa Fácil Paraná, e transformou esse programa na lei 20.394/2020 para poder fazer com que esse não fosse um programa de apenas uma gestão, mas que fosse uma política pública de habitação. Hoje, o Paraná é um dos estados do Brasil que têm – não são todos que têm – uma política pública de habitação que atende a todas as faixas da população. Dentro desse programa, atendemos as pessoas que estão em extrema vulnerabilidade, através do programa Vida Nova; atendemos as pessoas que passaram dos 60 anos e não conseguiram adquirir a casa própria, através dos Condomínios do Idoso, dentro do Viver Mais. Temos um programa para aquelas pessoas que podem comprar, fazer o financiamento, mas que não tinham condição de dar entrada na aquisição do seu imóvel, então, o Governo do Estado entra, hoje, com o valor de R$ 20 mil para a aquisição desse imóvel, a fundo perdido. E o Programa de Regularização Fundiária, que é fazer com que aquelas pessoas que vivem há 40, 50 anos num imóvel e não tenham o título de propriedade passem a tê-lo. Trazemos, então, essa dignidade de entregar o documento para a família poder ter a propriedade daquele bem que foi seu pela vida toda”, explica.

Valor de Entrada e suas vantagens

A modalidade Valor de Entrada atende a famílias com renda de até quatro salários-mínimos e a Cohapar oferece subsídios de R$ 20 mil para o custeio do valor de entrada da casa própria. Esse valor foi reajustado em junho do ano passado; até então, era de R$ 15 mil. Para receber o benefício, os interessados devem se inscrever no Cadastro de Pretendentes da companhia e manifestar interesse em um dos empreendimentos habilitados no programa Casa Fácil Paraná.

Entre os critérios para ser atendido por essa modalidade, o interessado não pode possuir casa própria nem ter sido já beneficiado em programas de habitação do Estado ou da União. Também não pode ter restrições de crédito (nome sujo”). A renda deve ser de até quatro salários-mínimos nacional e ser compatível ao valor do imóvel pretendido – isto é, a parcela não pode ultrapassar a 30% da renda familiar mensal. Além disso, o interessado precisa ter inscrição válida na Cohapar efetuada ou atualizada nos últimos dois anos.

“Através desse programa, temos uma satisfação muito grande de ter atendido, em todo o Estado do Paraná, mais de 42 mil famílias, mais de 42 mil unidades [habitacionais] contratadas. Em Londrina, já temos 14 mil unidades lançadas ou em construção desde o início deste programa. Foi em Londrina, no início desse programa, onde conseguimos atingir a pessoa com menor renda dentro dessa modalidade, que foi uma servidora pública que, à época, ganhava R$ 1.280 de renda, mas com o benefício do Valor de Entrada, do Governo do Estado, mais o Minha Casa Minha Vida, que tem o recurso do FGTS e ajuda a essas pessoas também com um valor, conseguimos fazer com que essa pessoa morasse num prédio com toda a infraestrutura, num apartamento novo, com uma prestação de pouco mais de R$ 400. É um programa que atinge toda essa camada da população, que é muito grande”, exemplifica. Em Ponta Grossa, o programa já abrange 4,5 mil unidades; em Cascavel, em torno de 3,8 mil; na Região Metropolitana, já passa das 15 mil.

Em todo o Paraná, 129 construtoras trabalham em parceria com a Cohapar e a Caixa Econômica Federal. “A Caixa é nossa principal parceira, porque ajudamos com o valor de entrada mas quem faz o financiamento é a Caixa Econômica”, frisa. Nessa modalidade, os juros são os mesmos praticados pelo Sistema Financeiro de Habitação do Governo Federal, o Minha Casa Minha Vida, em torno de 8,5% ao ano. “O mais atrativo de tudo é que a grande maioria das pessoas paga parcelas entre R$ 500 e R$ 680. É muito difícil você conseguir alugar uma casa ou um apartamento, em qualquer lugar do Paraná, especialmente nova, por esses valores. E a pessoa está pagando, aqui, o que é dela”, compara.

A Cohapar também possui um Sistema de Financiamento Próprio, para atender a pessoas de menor renda, porém com menos recursos, o que torna o atendimento um pouco mais lento, em que os juros anuais ficam na casa dos 2,5%. “Tentamos atender a todos os públicos, independente da idade ou renda”, afirma.

Lange ressalta que o mais interessante do programa é que ele consegue avançar por todo o Estado. Até agora, já foram atendidos mais de 200 municípios, inclusive os de pequeno porte.

Como acessar aos programas habitacionais

Quem está interessado em se cadastras nos programas habitacionais da Cohapar pode fazê-lo por meios eletrônicos. Tanto pelo seu smartphone quanto pelo computador, basta acessar ao site da Cohapar e preencher seus dados na área “Cadastro” (ou clique direto aqui). Lange orienta que na hora do cadastro o interessado assinale qual a modalidade do programa Casa Fácil que ele pretende acessar.

Outro caminho é procurar os empreendimentos disponíveis na cidade em que o interessado mora e que fazem parte do programa Casa Fácil (clique aqui).

Também é possível procurar informações sobre o programa junto à sede da Cohapar em Curitiba ou junto aos 12 Escritórios Regionais da Cohapar espalhados pelo Paraná: Apucarana; Campo Mourão; Cascavel; Cornélio Procópio; Francisco Beltrão; Guarapuava; Londrina; Maringá; Paranavaí; Ponta Grossa; Umuarama e União da Vitória.

“Outra forma, muito importante, é através das Prefeituras, que são nossas parceiras. Qualquer Prefeitura que o cidadão procurar para saber sobre habitação e saber como se cadastrar, elas estão preparadas para ajudar esses cidadãos. Em cidades como Curitiba e Londrina, que têm Cohab, pode ser também pela Cohab. O acesso é muito fácil, tem várias maneiras de a pessoa chegar e buscar saber essa informação”, orienta.

Déficit habitacional

Conforme Lange, um levantamento nacional que é feito a cada quatro anos, aponta que ainda há um déficit habitacional de 6 milhões de unidades em todo o Brasil. No Paraná, esse índice fica em torno de 320 mil famílias que estão tentando comprar um imóvel – sem considerar moradias irregulares e pessoas que habitam em áreas de risco ou as que buscam regularização fundiária, o que faria o número ser ainda maior.

“De acordo com o andamento desde que lançamos esse programa Casa Fácil, o número de inscritos tem aumentado de forma muito intensiva. Temos volumes muito grandes. Por exemplo, em Londrina, são 50 mil famílias que têm cadastro e estão procurando; em Cascavel, em torno de 14 mil famílias; em Ponta Grossa, acredito que passa das 16 [mil famílias cadastradas]; aqui em Curitiba, cerca de 80 mil. Temos esses números atualizados e essas pessoas estão se inscrevendo, buscando, através das Prefeituras e da própria Cohapar, se inscrever e aguardar. Quando sai um lançamento em qualquer dessas cidades, comunicamos os inscritos, através de SMS e de e-mail e as pessoas são informadas de que na cidade onde ela se inscreveu tem um empreendimento que cabe na faixa de renda dela”, explica o presidente da Cohapar.

Lange pondera que o déficit habitacional existe muito em função de que a velocidade das obras não acompanha, precisamente, a necessidade de moradia. “Ainda vai levar muitos anos para que consigamos chegar a um número, pelo menos, razoável”, avalia.

Para a população mais vulnerável, o Governo do Estado vem desenvolvendo junto à Cohapar um programa que “vai servir de exemplo para o Brasil inteiro”. O Paraná está iniciando o maior programa de desfavelização do país e deve formalizar, até o final de junho, um financiamento com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) de cerca de R$ 1 bilhão. O programa Vida Nova vai começar pelas pequenas cidades. “As intervenções vão ser feitas somente onde consigamos eliminar a favela, ou seja, que não fique nenhuma pessoa morando na favela. Essas pessoas vão receber uma casa nova gratuitamente e serão também preparadas para se tornarem verdadeiros cidadãos. É um programa que envolve três Secretarias de Estado. Vai lá a Defesa Civil, a Saúde, a Educação, a Segurança Pública – para averiguar situações de Maria da Penha e de drogadição. As pessoas vão ser preparadas para sair da favela, irem morar num lar novo já como cidadãos orientados, com capacitação profissional para a busca de um emprego, com a saúde em dia, com as crianças na escola. É um programa audacioso, ambicioso, que pretende que, em 15 anos, o Paraná não tenha mais favelas“, ressalta.

Confira a entrevista na íntegra

Ponto de Vista 

Apresentado por João Barbiero, o programa Ponto de Vista vai ao ar semanalmente, aos sábados, das 7h às 8h, pela Rede T de Rádios do Paraná.

A Rádio T pode ser ouvida em todo o território nacional através do site ou nas regiões abaixo através das respectivas frequências FM: T Curitiba 104,9MHz;  T Maringá 93,9MHz; T Ponta Grossa  99,9MHz; T Cascavel 93,1MHz; T Foz do Iguaçu 88,1MHz; T Guarapuava 100,9MHz; T Campo Mourão 98,5MHz; T Paranavaí 99,1MHz; T Telêmaco Borba 104,7MHz; T Irati 107,9MHz; T Jacarezinho 96,5MHz; T Imbituva 95,3MHz; T Ubiratã 88,9MHz; T Andirá 97,5MHz; T Santo Antônio do Sudoeste 91.5MHz; T Wenceslau Braz 95,7MHz; T Capanema 90,1MHz; T Faxinal 107,7MHz; T Cantagalo 88,9MHz; T Mamborê 107,5MHz; T Paranacity 88,3MHz; T Brasilândia do Sul 105,3MHz; T Ibaiti 91,1MHz; T Palotina 97,7MHz; T Dois Vizinhos 89,3MHz e também na T Londrina 97,7MHz.