Sábado, 27 de Julho de 2024

Ponto de Vista: “Se houver cassação do Moro, haverá eleição suplementar e vou concorrer ao Senado”, afirma Ricardo Barros

Mais: Tesoureiro-geral da Executiva Nacional do PP fala sobre como partido se articula para eleições municipais de 2024
2023-09-23 às 15:43

Em entrevista exclusiva ao programa Ponto de Vista, apresentado por João Barbiero na Rede T de rádios do Paraná, na manhã deste sábado (23), o secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviços, o deputado federal licenciado Ricardo Barros (PP-PR), confirmou sua intenção em disputar uma cadeira no Senado, caso o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) venha a ter seu mandato cassado. Nessas circunstâncias, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) organiza uma eleição suplementar.

Se houver cassação do Moro, haverá uma eleição suplementar e vou concorrer ao Senado”, destaca o parlamentar. “Já informei, já pedi apoio ao meu partido; já recebi o apoio do meu partido e vou concorrer, independente de quem mais vai concorrer, vou estar na disputa da eleição suplementar para o Senado”, assegura.

Barros pondera que é necessário aguardar a conclusão do julgamento de Moro pela cassação. “Não estou torcendo nem a favor nem contra, até porque ele é de Maringá, da minha cidade. Mas como o caso dele é exatamente igual ao da juíza Selma [Arruda] (PSL-MT) e teve eleição suplementar [em 2019], a expectativa nossa é de que isso vai se repetir agora”, avalia.

Ricardo Barros concorreu uma única vez ao Senado, em 2010. Na ocasião, 12 candidatos disputavam duas vagas. Foram eleitos Gleisi Hoffmann (PT), com 3.196.468 votos (29,5% dos válidos) e Roberto Requião (PMDB), com 2.691.557 votos (24,84% dos válidos). Barros ficou em quarto lugar, com 2.190.539 (20,22%), atrás de Gustavo Fruet (PSDB), que recebeu 2.502.805 votos (23,1%).

 

Moro  

O ex-juiz Sergio Moro foi eleito em 2022 com 1.953.159 votos (33,5% dos votos válidos). Entretanto, de acordo com o TSE, sua candidatura ainda consta como “deferido com recurso ou em prazo recursal” e ele é réu em ação de investigação eleitoral sob suspeita de abuso de poder econômico na pré-campanha das eleições de 2022.

Eleições suplementares podem ser convocadas, entre outras circunstâncias, quando há uma decisão final que confirma o indeferimento do candidato mais votado em eleições majoritárias. Os votos obtidos são anulados. Se a decisão for posterior à realização das eleições, é organizado novo pleito. Também são premissas para a convocação de eleições suplementares a cassação do registro ou diploma ou determinação de perda de mandato do candidato por abuso de poder político, econômico ou de autoridade; corrupção; fraude e utilização ilícita dos meios de comunicação social, por exemplo.

A recente cassação do ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que foi destituído de seu mandato de deputado federal em junho de 2023, por fraude à Lei da Ficha Limpa, acendeu a luz amarela sobre a eventual cassação de Moro, que deve ser julgada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) a partir de 23 de novembro de 2023.

 

Maria Victoria deve disputar Prefeitura de Curitiba

De acordo com Ricardo Barros, sua filha, a deputada estadual Maria Victoria (PP), que cumpre o terceiro mandato na Assembleia Legislativa (ALEP), onde é 2ª secretária na Mesa Executiva, pode concorrer à Prefeitura de Curitiba em 2024, seja como cabeça de chapa ou como vice.

“Ela é a 2ª secretária da Assembleia, está num momento muito bom de visibilidade, fez uma bela votação também [52.819 votos; 0,87% dos válidos]. É o terceiro mandato da Maria Victoria e, com o título [eleitoral] de Curitiba, ela vai concorrer na eleição em Curitiba ou a vice-prefeita ou a prefeita. O partido vai ter candidato na chapa majoritária, porque nosso partido é um partido protagonista e precisa ocupar seu espaço. Temos uma aliança com o prefeito [Rafael] Greca, que pretendemos manter. Faremos um esforço para estarmos todos juntos em mais uma eleição”, confirma.

O PP, aliás, já se articula para definir pré-candidatos nas principais cidades. “Candidato que ganha ajuda a eleger os deputados e o candidato que perde concorre a deputado. É preciso aproveitar a eleição municipal para construir lideranças, é o que esperamos fazer em todos os municípios”, resume. Em Ponta Grossa, o Progressistas avalia nomes como os de Márcio Pauliki e Keyla Avila. “Vamos aguardar para ver qual será o caminho que o partido vai tomar. Não existe, ainda, em Ponta Grossa, uma definição do caminho do Progressistas, mas isso vai acontecer brevemente”, conclui.

Sílvio Barros, irmão de Ricardo, lidera pesquisas prévias em Maringá. Em Londrina, o prefeito Marcelo Belinati, que está no segundo mandato, tem 80% de aprovação e o PP deve lançar candidato próprio para sua sucessão, que pode vir a ser o deputado federal Marco Brasil ou outra pessoa. Em Cascavel, a aposta é no empresário Valdinei Silva, presidente da Executiva Municipal do partido e do FC Cascavel. Em Toledo, o deputado federal Dilceu Sperafico. Em Foz, o deputado estadual Matheus Vermelho. “A orientação partidária é lançar candidatos a prefeito em todas as cidades”, diz.

 

Ponto de Vista

Apresentado por João Barbiero, o programa Ponto de Vista vai ao ar semanalmente, aos sábados, das 7h às 8h, pela Rede T de Rádios do Paraná.

A Rádio T pode ser ouvida em todo o território nacional através do site ou nas regiões abaixo através das respectivas frequências FM: T Curitiba 104,9MHz;  T Maringá 93,9MHz; T Ponta Grossa  99,9MHz; T Cascavel 93,1MHz; T Foz do Iguaçu 88,1MHz; T Guarapuava 100,9MHz; T Campo Mourão 98,5MHz; T Paranavaí 99,1MHz; T Telêmaco Borba 104,7MHz; T Irati 107,9MHz; T Jacarezinho 96,5MHz; T Imbituva 95,3MHz; T Ubiratã 88,9MHz; T Andirá 97,5MHz; T Santo Antônio do Sudoeste 91.5MHz; T Wenceslau Braz 95,7MHz; T Capanema 90,1MHz; T Faxinal 107,7MHz; T Cantagalo 88,9MHz; T Mamborê 107,5MHz; T Paranacity 88,3MHz; T Brasilândia do Sul 105,3MHz; T Ibaiti 91,1MHz; T Palotina 97,7MHz; T Dois Vizinhos 89,3MHz e também na T Londrina 97,7MHz.

Confira a entrevista na íntegra: