A edição desta segunda-feira (16) do programa ‘Manhã Total’, da Rádio Lagoa Dourada (98.5 FM), trouxe como destaque a entrevista com o senador Sergio Moro (União Brasil), que falou sobre sua possível candidatura ao governo do Paraná. A conversa foi realizada em meio a movimentações nacionais e estaduais que envolvem o atual governador do estado, Ratinho Júnior (PSD), que mantém alta popularidade e já é considerado um possível presidenciável em 2026.
Ratinho Júnior conta com uma aprovação de governo de 81% no estado, de acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada em 27 de fevereiro deste ano. O levantamento também apontou uma taxa de desaprovação de 14%, mantendo estabilidade em relação à pesquisa anterior de dezembro de 2024. Com o segundo mandato à frente do governo estadual chegando ao fim, Ratinho Júnior começa a ganhar destaque em projeções nacionais. Em um cenário de segundo turno divulgado em 5 de junho pela Quaest, encomendado pela Genial Investimentos, ele aparece com 38% das intenções de voto, contra 40% do presidente Lula (PT), uma diferença de apenas dois pontos percentuais.
Outros nomes da direita também avançam Michelle Bolsonaro (43% a 39% contra Lula) e Tarcísio de Freitas, que aparece tecnicamente empatado com o presidente (41% a 40%). A pesquisa ouviu 2.004 pessoas entre 29 de maio e 1º de junho e tem margem de erro de dois pontos percentuais (acesse a pesquisa aqui).
Enquanto Ratinho mira o Planalto, o cenário político paranaense ganha novos contornos com a ascensão de Sérgio Moro como possível sucessor. Pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, divulgada em 26 de maio, mostra o senador liderando com folga a corrida ao governo estadual. Ele aparece com 43,9% das intenções de voto, à frente de Requião Filho (18,1%) e Beto Richa (17,9%). O levantamento ouviu 1.550 eleitores entre 17 e 21 de maio, em 58 municípios (confira a pesquisa aqui).
Durante sua participação no programa, o senador foi questionado pelo apresentador João Barbiero sobre uma possível candidatura ao governo do Paraná. Em resposta, Moro indicou que a candidatura está no horizonte. “Provavelmente serei candidato”, afirmou. No entanto, ponderou que a confirmação oficial deve ocorrer mais adiante. “Por não estar em ano eleitoral, não é o melhor momento para se posicionar oficialmente”, disse.
Sobre os resultados positivos demonstrados em pesquisas, ele destacou que sua atuação no Senado tem contribuído para sua visibilidade. “Tenho prioridades para tratar neste ano e tenho feito o meu trabalho no Senado. O fato de estar fazendo um bom trabalho lá tem refletido nas pesquisas e nessa preferência”, afirma.
Moro reforçou que está avaliando o futuro político com responsabilidade. “Existe essa probabilidade de me candidatar, até porque não sabemos o que o futuro nos reserva em 2027. O Paraná sempre precisa ter boas lideranças e me permito me colocar entre elas na condução do estado. No entanto, é necessário que as pessoas tenham certa fortaleza, pois os desafios de 2027 serão grandes, principalmente se a deterioração constitucional continuar.”
Mesmo atuando em Brasília, o senador afirmou que acompanha de perto a realidade paranaense, especialmente na área de segurança pública. “Os índices do Paraná, quando comparados à média do país, demonstram que estamos muito bem.” Por outro lado, fez alertas sobre o cenário nacional e regional. “Neste primeiro quadrimestre, o recorde de assassinatos por cem mil habitantes ou mesmo em números absolutos continua sendo liderado pela Bahia, que enfrenta sérios problemas na segurança pública.”
Em seguida, detalhou a realidade do Paraná, mencionando que o estado está em terceiro lugar na região sul em termos de índices de segurança, atrás de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “Anteriormente, estávamos em posição melhor que o Rio Grande do Sul, mas atualmente o Rio Grande do Sul está à frente de nós”, pontuou. Ele também comentou sobre a situação de Ponta Grossa. “Parece que houve uma queda significativa no número de assassinatos neste primeiro trimestre.”
Apesar dos avanços, Moro destacou que ainda há espaço para mais conquistas. “Na área da segurança pública, ainda não ocupamos a primeira posição, precisamos ter o melhor índice do país. Não podemos aceitar ficar em terceiro lugar na região sul”, afirma. Por fim, ao falar sobre o potencial do Paraná, demonstrou entusiasmo. “Somos os maiores produtores de cevada e frango. Nosso agronegócio acaba impulsionando o restante de nossa economia, que vai se diversificando”, conclui.
Por Camila Souza.