Quarta-feira, 25 de Junho de 2025

Ricardo Barros analisa movimentação política no âmbito federal e fala sobre possível eleição suplementar ao Senado

2023-07-21 às 10:55

Em entrevista ao Band News, o secretário da Indústria e Comércio do Paraná, Ricardo Barros, falou sobre os movimentos políticos recentes, votações de pautas e a eventual cassação do senador Sergio Moro. “Existe, de fato, um movimento de aproximação do governo aos partidos. Há uma clara percepção que é preciso se entender com o Centro. O PT elegeu 80 parlamentares de sua federação e Bolsonaro elegeu 99 parlamentares no seu partido. Portanto, sem o Centro ninguém governa”, afirmou.

Barros também falou sobre como essa movimentação é feita em tempos de polarização política. “O presidente precisa formar maioria com outros partidos porque só o seu não tem condições de governar. Isso é um movimento natural dentro do nosso processo, da nossa Constituição, desse presidencialismo de coalizão. E o movimento deve seguir, mas eu reconheço que não é fácil nesse momento em função da polarização da eleição. Inclusive no pós-eleição se continuou nesse debate, então dificulta para alguns parlamentares o movimento de se ligar ao governo. Seu eleitor não aceita e ninguém vai se divorciar da sua base eleitoral para apoiar o governo”, comentou, complementando que trata-se de uma questão política local.

Sobre o posicionamento de seu partido, o Progressistas, diante da situação, Barros esclareceu que a sigla respeitará escolhas individuais de parlamentares. “Tenho acompanhado todas as movimentações, converso com muitos dos nossos colegas deputados e senadores, e percebo que ainda não existe uma posição no partido definida sobre participar ou não do governo. Penso que o partido vai se manter respeitando a posição que cada parlamentar tem em sua própria base, embora majoritariamente o partido votou com o governo nas matérias importantes do marco fiscal e da reforma tributária”, pontua.

Sergio Moro

Ricardo Barros também falou sobre uma possível cassação do atual senador do Paraná, Sergio Moro, e as eleições suplementares que seguiriam. “O processo está em andamento, mas o fato que fundamenta o pedido de cassação do mandato dele, que é pagamento de despesas pelo suplente antes da convenção, é exatamente o mesmo causou a cassação da juíza Selma, que era senadora pelo Mato Grosso. Já há jurisprudência formada no Tribunal Superior sobre essa matéria. A não ser que o tribunal mude a jurisprudência, o desfecho desse processo deve ser a cassação do senador Sergio Moro. Dela decorrerá uma eleição suplementar para cumprir o restante do mandato, e nessa eleição eu vou concorrer ao Senado”, finalizou.