Cerca de 200 profissionais da Atenção Primária e Especializada em saúde, da educação e de proteção social participaram nesta quinta-feira (3), em Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná, do curso de capacitação que tem como objetivo melhorar a abordagem ao Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) na região. A iniciativa fez parte do programa de formação permanente da secretaria estadual da Saúde (Sesa).
“Sinais de Alerta para o Autismo” foi o tema debatido, com foco foi em estimulação precoce das crianças com TEA e no trabalho em equipe multiprofissional. As ações são norteadas pela Linha de Cuidado à Saúde da Pessoa com Deficiência, vigente no Paraná. Os participantes tiveram a oportunidade de desenvolver habilidades que contribuirão para aprimorar o atendimento à pessoa com TEA.
Além da palestra central, conduzida pela pediatra da Atenção Primária em Saúde (APS) de Marmeleiro, Luciane Martins, houve troca de experiências e debate. “Uma questão muito importante é a união da saúde, da escola e APAEs. Só fazendo um trabalho conjunto será possível a gente atender essas crianças da maneira que elas necessitam, da maneira correta”, ressaltou Luciane.
PROTOCOLO – O atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) pode ser feito em diferentes abordagens que visam melhorar a compreensão das características centrais do autismo, como dificuldades sociais, comunicação, limitações nas brincadeiras e interesses, controle de raiva, condutas agressivas.
Em 2023 foi implantado o Protocolo de Avaliação e Atendimento à Pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo. O documento traz um compilado de informações para uso dos profissionais de saúde, auxiliando na avaliação e tratamento à pessoa com TEA.
A diretora da 8ª Regional de Saúde, Nádia Zanella, reforça a importância da qualificação. “Além da criança com diagnóstico de TEA, que necessita de tratamento, a família precisa ser acolhida, informada e capacitada. Existe a necessidade de um trabalho conjunto”, salientou.
TRANSTORNO – Os sintomas mais comuns são dificuldades de comunicação e de interações sociais, além de comportamentos repetitivos. Há maior prevalência no sexo masculino e o diagnóstico é feito com mais frequência por volta de três anos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o autismo afeta uma em cada 100 crianças.
AEN