Domingo, 15 de Dezembro de 2024

Sergio Moro depõe nesta quinta-feira (07) e pode ter mandato cassado

2023-12-07 às 10:53

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) é esperado, nesta quinta-feira (7), às 13h, para prestar depoimento ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) em processos sobre abuso de poder econômico na eleição de 2022 que podem levá-lo à perda de mandato.

A primeira ação foi apresentada pelo Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro. Posteriormente, a Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apresentou outro processo no mesmo sentido. A Justiça optou por realizar a unificação das causas.

Sobre o que são as ações?

Segundo os reclamantes, a chapa de Moro causou desequilíbrio eleitoral.

Isso teria ocorrido desde a filiação partidária do ex-juiz ao Podemos, em novembro de 2021, com o lançamento de sua pré-candidatura para a Presidência da República até o momento de sua eleição para o Senado pelo União Brasil.

O argumento das partes é de que Moro usou “estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para, num segundo momento, migrar para uma
disputa de menor visibilidade, menor circunscrição e teto de gastos vinte vezes menor, carregando consigo todas as vantagens e benefícios acumulados indevidamente, ferindo a igualdade de condições entre os concorrentes ao cargo de senador”.

A ação diz que o ex-juiz teve os seguintes serviços à sua disposição durante a pré-campanha presidencial:

media training;
assessoria de imprensa;
planejamento de marketing;
produção de vídeos em ambos os partidos;
remuneração mensal;
segurança privada;
viagens aéreas nacionais e internacionais para Moro e equipe;
veículo blindado;
hospedagens;
exposição midiática de presidenciável;
protagonismo em metade das inserções de propaganda partidária gratuita no rádio e na televisão;
produção de conteúdo e estratégia de campanha;
pesquisas eleitorais.

“Ou seja, não é um conjunto que esteja ao alcance das possibilidades do pré-candidato médio ao Senado pelo Estado do Paraná”, diz a acusação.

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