O fenômeno que atingiu Santa Maria do Oeste, na região central do Paraná, na segunda-feira (22), foi confirmado pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) como um tornado da escala Fujita F1. Os ventos chegaram a cerca de 120 km/h, provocando destelhamento de casas, queda de árvores, postes, destruição de plantações e estufas, além de deixar os moradores por mais de 24 horas sem água e luz.
A cidade sofreu danos em aproximadamente mil imóveis, incluindo prédios públicos como o hospital municipal, que restringiu seu atendimento para casos emergenciais. O tornado foi identificado a partir da análise de imagens aéreas e radar meteorológico, que mostraram o padrão típico de movimento convergente dos ventos e os rastros do fenômeno no solo. A Defesa Civil estimou que mais de 6 mil moradores foram impactados, e a prefeitura iniciou a distribuição de marmitas, lonas e telhas para os afetados, além da previsão de declarar emergência.
Um forte temporal atingiu Ponta Grossa e outras cidades da região dos Campos Gerais, no Paraná, entre a tarde de domingo (21) e a madrugada de segunda-feira (22), trazendo ventos que ultrapassaram 80 km/h e chuvas intensas. Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), os ventos máximos registrados em Ponta Grossa chegaram a 83,9 km/h, causando destelhamentos, queda de árvores e danos em diversas residências.
Na cidade, cerca de 200 pessoas foram afetadas, com 50 casas danificadas. A Escola Municipal Dr. José Pinto Rosas, localizada no bairro Chapada, sofreu o desabamento da cobertura da quadra de esportes, que foi completamente arrancada pelo vento, levando à interdição da unidade e suspensão das aulas para mais de 300 alunos. Os estudantes foram remanejados para escolas próximas enquanto a escola passa por reformas. As regiões mais atingidas em Ponta Grossa foram os bairros Chapada e Nova Rússia, onde os Bombeiros tiveram maior demanda de atendimento.
Outros municípios dos Campos Gerais também sofreram com o temporal. Em Carambeí, ventos de 75 km/h resultaram em danos a doze residências e a distribuição de telhas para aproximadamente 30 casas. Tibagi registrou quedas de árvores que afetaram rodovias importantes, enquanto Telêmaco Borba precisou interditar trechos da PR-160 devido à violência do vento e da chuva.
A Associação dos Municípios dos Campos Gerais (Amcg) manifestou solidariedade às famílias afetadas, destacando que as cidades mais impactadas foram Ponta Grossa, Telêmaco Borba e Imbaú, entre outras. Felizmente, até o momento não há registros de feridos graves. Além dos danos, cerca de 27 mil imóveis em Ponta Grossa ficaram sem energia elétrica durante o temporal, refletindo o impacto severo do fenômeno nas infraestruturas locais.