As Unidades de Conservação (UCs) do Paraná administradas pelo Instituto Água e Terra (IAT), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), receberam 336.624 visitantes no primeiro semestre de 2025. A marca, inédita para o período, representa um aumento de 3,8% em relação aos seis primeiros meses de 2024, quando foram registrados 324.361 turistas (números atualizados).
O levantamento leva em consideração 28 complexos ambientais aptos à visitação – os parques estaduais Pau Oco (Morretes), Mata dos Godoy (Londrina) e Ilha das Cobras (Paranaguá) estão temporariamente fechados.
Segundo o levantamento divulgado nesta sexta-feira (11), a Unidade de Conservação mais visitada entre janeiro e junho de 2025 foi o Parque Estadual da Ilha do Mel, em Paranaguá, com 139.601 pessoas. Na sequência aparecem o Parque Estadual Serra da Baitaca, entre Piraquara e Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, com 45.366 turistas; o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais (31.707 visitantes); e o Parque Estadual do Monge, na Lapa, também nos arredores da Capital (26.688 visitas).
Para o diretor de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto, o aumento no fluxo de visitantes é reflexo direto da consolidação da atividade econômica do turismo no Paraná. “Esses números se relacionam com a qualidade da visitação e a qualidade da experiência que é proporcionada ao visitante, aspectos que fortalecem a demanda por lazer em áreas protegidas”, afirma.
Ele destaca, ainda, que os investimentos realizados pelo Estado, como a compra de equipamentos, a ampliação do número de profissionais terceirizados e as melhorias na infraestrutura de atendimento também acaba por influenciar nessa procura por espaços naturais.
“Há um trabalho grande em desenvolvimento, com ações e projetos que buscam garantir ao turista uma experiência única. Estamos aliando estrutura, conforto, praticidade e cuidado com o meio ambiente em um mesmo espaço. Tudo isso, claro, margeado pelas belezas naturais que os visitantes só vão encontrar no Paraná, seja na Ilha do Mel, no Guartelá ou em Vila Velha”, ressalta Andreguetto.
Área verde
O Paraná possui atualmente 74 Unidades de Conservação catalogadas pelo IAT, das quais 24 estão atualmente abertas para visitação. Esse montante compreende mais 26,3 mil km² de áreas protegidas por legislação, formadas por ecossistemas livres que não podem sofrer interferência humana ou àquelas com o uso sustentável de parte dos seus recursos naturais, como os parques abertos à visitação pública.
Essas áreas de proteção são divididas em UCs estaduais de Uso Sustentável, com 10.470,74 km²; UCs estaduais de Proteção Integral (756,44 km²), Áreas Especiais de Uso Regulamentado (Aresur), 152,25 km², e Áreas Especiais e Interesse Turístico (AEIT), com 670,35 km², todas com administração do Governo do Estado.
O cenário se completa com as Reservas Particulares do Patrimônio Natural, as chamadas RPPNs, que somam atualmente 553,83 km²; terras indígenas, com 846,87 km²; e Unidades Federais, de 8.840,39 km², sendo o Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, a área mais simbólica; e Unidades Municipais (3.959,55 km²), como o Parque Barigui, em Curitiba.
Mais informações sobre os parques estaduais estão disponíveis no site do IAT.
da AEN