Terça-feira, 07 de Maio de 2024

Projeto GGPEL: Como o bullying impacta a autoestima das crianças?

2024-02-07 às 11:30
Foto: Reprodução

O bullying pode deixar marcas para uma vida inteira. Uma situação de violência como essa, que acontece de forma repetitiva, impacta diretamente a saúde mental da criança. A curto prazo, a baixa autoestima costuma ser uma dessas principais marcas. O artigo é da Revista Crescer.

“Essa situação é pouco notificada pela criança. Geralmente, ela sofre calada e começa a pedir ajuda de outras formas, com mudanças de comportamento e até sintomas físicos”, afirma o pediatra Abelardo Bastos Pinto Jr., presidente do Departamento de Saúde Escolar da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Quando é alvo de bullying, a criança pode passar a se isolar socialmente, ter dificuldade em se concentrar nos estudos e até apresentar transtornos mentais, como ansiedade e depressão. Ela começa a ter uma imagem distorcida sobre si mesma e passa a se achar insuficiente, indesejada, incapaz… Isso sem falar na possibilidade de se tornar mais retraídas insegura para interagir com outras pessoas. Por isso, quanto mais rápido a família e a escola conseguirem agir, maiores as chances de diminuir todo esse impacto.

A psicóloga Ana Carina Stelko, coordenadora do Observatório do Clima Institucional e Prevenção da Violência em Contextos Educacionais, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), reforça: “Quando a vitimização vai se tornando mais frequente e mais severa, os efeitos também se tornam maiores, podendo apresentar transtorno de ansiedade, depressão e doenças psicossomáticas, como gastrite”. Depois, na adolescência, para buscar aceitação dos outros colegas, os alvos de bullying ainda podem vir a consumir bebidas alcoólicas, usar substâncias ilícitas e até começar a vida sexual precocemente.

da Revista Crescer