O bullying pode estar presente em qualquer ambiente escolar, e um dos primeiros passos para começar a resolver o problema é reconhecendo que ele provavelmente existe na sua instituição de ensino. “A escola que afirma não ter bullying ou não sabe o que é, está negando sua existência”, diz o pediatra Lauro Monteiro Filho, fundador da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia).
É necessário, segundo o especialista, informar professores e alunos sobre a questão, deixar claro que a prática não será admitida no estabelecimento e atuar de maneira efetiva no combate ao bullying.
“A escola não deve ser apenas um local de ensino formal, mas também de formação cidadã, de direitos e deveres, amizade, cooperação e solidariedade. Agir contra o bullying é uma forma barata e eficiente de diminuir a violência entre estudantes e na sociedade”, afirma o especialista da Abrapia. A instituição, inclusive, sugere as seguintes atitudes para um ambiente saudável na escola:
O que é bullying?
O bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa “valentão”, “brigão”. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
“É uma das formas de violência que mais cresce no mundo”, afirma Cléo Fante, educadora e autora do livro Fenômeno bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. Segundo a especialista, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa.