Quinta-feira, 16 de Janeiro de 2025

Projeto GGPEL: Professor fala sobre as ‘sequelas’ da pandemia na educação

2023-01-12 às 18:30

Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero e José Amilton, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta quinta-feira (12), o professor e coordenador pedagógico Jorge Davi Navarro falou sobre os desafios da educação no pós-Covid.

Navarro destaca que a pandemia deixou várias ‘sequelas’ na educação que estão sendo sentidas até hoje, como a própria deficiência de aprendizado e a falta de maturidade dos alunos. “O que saiu do 9º ano e hoje está no segundo ano do Ensino Médio, ainda tem a mesma maturidade do 9º ano. O aluno eve uma bomba hormonal, tudo o que iria viver na realidade, eles viveram nas redes sociais. A mentalidade não evoluiu, mas elas estão no segundo ano do ensino médio, com o corpo mais desenvolvido, hormônios explodindo, querendo experimentar tudo e trazendo o mundo virtual para o real”, explica.

Diante destas dificuldades, o coordenador pedagógico avalia que o diálogo dos pais com os filhos é a chave para um bom relacionamento e análise do que pode ser melhorado no âmbito educacional e pessoal dos alunos.“Primeiro ponto é ter diálogo com os filhos, de coração aberto, entender o que passa dentro da cabeça dele. Depois, tem que partir do pai fazer um questionamento, ir na escola e perguntar como está o desempenho do filho, não em nota, mas em comportamento. Depois é entender onde estão as dificuldades do filho, a escola vai fazer a relação de como o aluno está e elaborar estratégias de como suprir as dificuldades do filho, sem impor”, defende.

Celular

Ainda que o uso do celular tenha se tornado essencial na pandemia, o uso indiscriminado das telas afeta tanto os adolescentes como as crianças menores. Jorge Davi Navarro afirma que a recomendação é introduzir as telas somente a partir dos 7 anos de idade, mas com supervisão dos pais. “Todo celular tem uma opção de controle dos pais e ele funciona bem até os 13 anos. E você coloca um limite no celular do seu filho, estabelece um limite de horário, e sempre no diálogo e nunca na briga”, enfatiza.

Confira a entrevista completa: