A Polícia Civil de Ponta Grossa (PR) foi acionada para atender uma situação em que a equipe de Inteligência da Polícia Militar teria conduzido até a 13ª Subdivisão Policial (13ª SDP), nesta sexta (18), um homem de 27 anos para prestar esclarecimentos sobre possível envolvimento em crime de fraude eletrônica.
Com a notícia deste possível fato criminoso, o delegado Gabriel Munhoz efetuou diligências prévias e conseguiu contato com um dos sócios da empresa vítima, que detalhou com riqueza de detalhes a forma como o investigado agia.
Em síntese, o investigado conseguiu cadastro junto à plataforma “XGROW” (plataforma responsável por hospedar cursos de produtores de conteúdo) e, de forma fraudulenta, se cadastrou como coprodutor de conteúdos da vítima, que é verdadeiro sócio do empresário e influencer Pablo Marçal, e cadastrou sua conta bancária particular, passando então a auferir valores desviados dos cursos que eram vendidos.
A vítima ainda detalhou que o desvio de valores foi de R$ 170 mil, dos quais o investigado conseguiu sacar aproximadamente R$ 17 mil. Os outros 90% foram bloqueados pela plataforma “XGROW” por indícios de fraude. Por fim, a vítima nega que o investigado tenha qualquer participação na produção de qualquer conteúdo, e que não é coprodutor de nenhum dos cursos, tendo conseguido o cadastro de forma fraudulenta, indicando a conta particular para desviar valores.
Por fim, inclusive, foi obtida gravação do investigado com a plataforma “XGROW” onde afirma que seria coprodutor dos cursos de Pablo Marçal, o que foi desmentido pelo verdadeiro sócio ouvido durante o Inquérito Policial.
O homem foi preso em flagrante pelo delito previsto no artigo 171, §2°-A, do Código Penal, que define o estelionato qualificado, conhecido como “fraude eletrônica”. A pena máxima chega a oito anos de reclusão. O suspeito foi encaminhado à Cadeia Pública Hildebrando de Souza, onde permanecerá à disposição da Justiça.
De acordo com as investigações preliminares, o indivíduo teria realizado cadastro na plataforma em maio de 2024 e, desde então, vinha realizando acessos indevidos a contas de clientes da XGROW para desviar os valores. As empresas afetadas incluem a “PLX” e “Plataforma Digital de Desenvolvimento Humano”.
A operação contou com o apoio da equipe do Serviço Reservado do 1º BPM, que realizou a abordagem ao suspeito em sua residência. A Polícia Civil segue com as investigações para apurar se há outros envolvidos no esquema fraudulento e se outras vítimas foram afetadas.
Com informações da PCPR