O delegado Luís Gustavo Timossi, da 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, divulgou novos detalhes sobre os restos mortais encontrados em um poço na região do distrito de Itaiacoca.
Diante da alta probabilidade de que no poço estavam ocultados os restos mortais de três vítimas que teriam desaparecido no ano de 2019, foi realizada nesta quarta-feira (20) uma nova incursão ao local. Foram localizados outros restos mortais humanos, roupas masculinas e femininas, além de um terço, robustecendo a hipótese de tratarem-se do corpo das vítimas.
A diligência revelou ainda detalhes cruéis do crime investigado, tendo sido recuperado no local pedaços de fios que foram utilizados para amarrar as vítimas, que acabaram assassinadas sem qualquer chance de defesa.
Agora, o próximo passo será a realização do trabalho pericial visando identificar a quem pertence cada parte de corpo recuperada e, tão logo identificados, realizar a entrega dos restos mortais para as famílias, possibilitando que as vítimas tenham um enterro digno.
Entenda
Após ter sido encontrado um pé humano no local, no dia 22 de janeiro, foi solicitado ao Corpo de Bombeiros que realizasse novas diligências ao local, com o objetivo de verificar a existência de outros restos mortais. Em 29 de maio, uma nova incursão foi realizada no local, onde foram encontradas outras partes ósseas e uma carteira de documentos da possível vítima, João Augusto Marchioto, desaparecido no ano de 2019.
Na época do desaparecimento de João Augusto Marchioto, foi instaurado inquérito policial que acabou concluindo que João Augusto, assim como Kamili Bianca de Goes e Leopoldo Ricieri Carneiro teriam sido assassinados por Emerson Luiz Martins Ferreira e Antonio Batista Ferreira. As investigações apontaram que os investigados teriam ocultado o corpo das vítimas.
As investigações, presididas pelo dr. Fernando Maurício Jasinski, então titular do setor de homicídios, apontaram que os investigados teriam matado Leopoldo Ricieri por vingança, pois Leopoldo estaria envolvido no assassinato de Everson Antonio Martins Ferreira, filho de Antonio e irmão de Everson.
Na ocasião, Antonio e Emerson assassinaram Kamili e João, que não teriam ligação com o homicídio e teriam sido assassinadas apenas por estarem no local na companhia de Leopoldo.
Diante dos robustos elementos coletados na investigação, Emerson e Antonio foram denunciados pelo Ministério Público e pronunciados, para que sejam submetidos a júri popular, pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas, bem como por ocultação de cadáver, além de um crime de furto, pois os investigados teriam subtraído o telefone de uma das vítimas.
Com informações daPCPR