Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta terça-feira (14), o cabo do 2°Grupamento de Bombeiros (GB) de Ponta Grossa, Alan Ben Hur Bischof, comentou sobre a sua experiência e atuação na tragédia que está acontecendo no Rio Grande do Sul.

Tragédia no RS

Neste domingo (12), a Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou um boletim revelando que subiu para 143 o número de óbitos confirmados nas enchentes recentes que afetaram 446 municípios gaúchos. Estão desaparecidas ainda 125 pessoas. No total, as enchentes afetaram 2.115.704 pessoas. Estão desalojadas 537.380. Há 806 feridos e 81.170 pessoas em abrigos.

O cabo, Alan Ben Hur Bischof, esteve no estado para auxiliar na força-tarefa realizada para socorrer e auxiliar as vítimas das enchentes e pontua que a experiência foi diferente de tudo que já tinha vivido. “Sem dúvidas, essa foi de longe a experiência mais complexa que eu já vivi dentro da minha profissão devido à magnitude dessa situação. Então gerenciar tudo, realizar os salvamentos e a questão de logística foram tarefas bastante complicadas e continuam sendo”, afirma.

Escolha da missão e gravidade da situação

Ele comenta que todos os bombeiros que se direcionaram ao Rio Grande do Sul para auxiliar neste trabalho fizeram a escolha dessa missão. “O sentimento de todos é de poder ajudar e dar o máximo de si neste momento complicado pelo qual os gaúchos estão passando”, ressalta.

Alan aponta que, quando se deslocaram para a realização da missão, entendia que a situação era complexa, porém se surpreendeu quando presenciou o que realmente estava acontecendo no estado. “Eu tinha uma noção que a situação era complexa porém não esperava que fosse dessa magnitude. É algo que você só consegue entender e ver o que realmente está acontecendo estando lá”, pondera.

Cidade que mais marcou o cabo

O cabo assegura que o município da Região Metropolitana de Porto Alegre, Eldorado do Sul, foi o que mais o marcou durante o período que esteve no estado. “É uma cidade de aproximadamente 40 mil habitantes e que ficou 100% abaixo d’água. O resgate e evacuação dos moradores da cidade teve que ser total, então infelizmente a situação dessa cidade foi bastante crítica”, explica. “Dedicamos três dias de serviço com o apoio de outros órgãos e voluntários para resgatar o máximo possível de pessoas. Com bastante diálogo com os moradores, conseguimos resgatar um número expressivo de pessoas”, complementa.

Confira a entrevista completa: