A Operação Pactum, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) nesta terça-feira (6), em Ponta Grossa, Palmeira, Lapa, Curitiba, Guaratuba e Balneário Camboriú (SC), resultou na apreensão de telefones celulares, documentos, veículos de luxo, obras de arte e dinheiro em espécie. Houve uma prisão em flagrante de um advogado por porte irregular de arma de fogo de uso restrito.
As investigações, do núcleo do Gaeco em Ponta Grossa, apuram a existência de organização criminosa composta por agentes políticos, servidores públicos e empresários, voltada à prática dos crimes de fraude a licitações, tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O gabinete do vereador Celso Cieslak (PRTB) foi alvo de um dos mandados.
As investigações tiveram início em novembro de 2022, a partir de declarações do vereador Geraldo Stocco (PV), então relator da CPI da Saúde, que investigava o sistema de Saúde no município, noticiando que Cieslak lhe teria oferecido vantagem indevida para modificar pontos do relatório final da CPI, lançando ainda a suspeita da existência de um esquema de propina envolvendo licitações para a compra de livros por diversas prefeituras e câmaras municipais, inclusive nos estados de Santa Catarina e São Paulo.
No curso das investigações, confirmaram-se indícios de um esquema de propina e direcionamento de licitações nas áreas de shows e eventos, de contratação de empresas para projeto de recuperação tributária e de compra de livros.
As ordens de busca e apreensão foram expedidas pela 3ª Vara Criminal de Ponta Grossa, que também determinou o afastamento do mandato de Celso Cieslak e o afastamento da função pública de um servidor municipal de Ponta Grossa, até o encerramento das investigações.
Informações e fotos: MPPR
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