Sexta-feira, 27 de Setembro de 2024

Investigados por suposto esquema de pirâmide em PG são interrogados nesta quarta (10); saiba o que diz a Polícia Civil sobre o caso

2024-07-10 às 15:06
Foto: Rafael Guedes/D’Ponta News

Dois dos principais suspeitos de liderarem suposto esquema de pirâmide em Ponta Grossa foram interrogados, na manhã desta quarta-feira (10). De acordo com o delegado Gabriel Munhoz, da 13ª Subdivisão Policial, foram esclarecidas as medidas cautelares deferidas pelo Poder Judiciário – a principal trata do bloqueio de valores das contas bancárias da dupla, no valor de R$ 1 milhão de cada um dos investigados.

Ainda segundo o delegado, os suspeitos estavam acompanhados por seus advogados e prestaram suas explicações a respeito do fato. Além disso, houve o levantamento de outros nomes de pessoas envolvidas do esquema, “que possivelmente sejam as donas do aplicativo que era utilizado para maquiar este esquema de pirâmide, que certamente também serão investigados”, diz Munhoz.

“Este inquérito policial tomará novo rumo, que é justamente para que seja identificado os responsáveis não só por disseminar e angariar o número determinado de pessoas para obtenção de ganhos ilícitos, como também por estruturar, elaborar o aplicativo, para que a gente consiga chegar efetivamente no líder dessa organização criminosa. A gente acredita que esses indivíduos que orquestram o aplicativo e disseminam ele ao longo do país, integram uma organização criminosa que depende de um número bem grande de pessoas para que seja efetivado”, detalha.

O delegado ainda revela quais serão os possíveis desdobramentos do inquérito policial, de eventual lavagem de dinheiro e organização criminosa. “Caso seja necessário, e as investigações tomem esse rumo, será instaurado um novo inquérito policial representando por novas medidas cautelares”, completa.

Orientação da Polícia Civil para as pessoas que se sentiram lesadas pelo suposto esquema

Munhoz apela para que a população não faça “justiça com as próprias mãos” e “para que não percam a sua razão”. “Por estarem bravos ou frustrados com a perda do dinheiro, não justifica utilizar nenhum tipo de ameaça de morte, até efetivar algum tipo de agressão contra os investigados, uma vez que a ação penal nem começou. Não se pode subverter a ordem das coisas e tentar fazer justiça com as próprias mãos. A Polícia Civil orienta para que as pessoas acreditem no sistema de justiça criminal e deixem que o processo penal irá definir se a pessoa é ou não culpada por aquele crime”, conclui.