Dois policiais militares de Florianópolis foram afastados após vídeos mostrarem que eles levaram duas jovens na viatura durante uma busca informal por um suspeito de tentativa de assalto. As imagens — feitas no sábado e que viralizaram no início desta semana — exibem as jovens no veículo oficial, rindo, brincando com itens da PM e acompanhando abordagens policiais, enquanto os agentes exibem armas e adotam postura descontraída. O caso motivou a instauração de um inquérito pela Polícia Militar para averiguar as condutas consideradas graves dos envolvidos.
Segundo relatos publicados nas redes sociais, as jovens haviam saído de uma casa noturna e, já na madrugada, disseram ter sido vítimas de uma tentativa de assalto por um motociclista. Elas conseguiram se abrigar num restaurante e, então, uma delas acionou um policial conhecido. Os agentes apareceram no local, colheram informações sobre a suposta rota do suspeito e permitiram a presença das jovens na viatura durante o deslocamento posterior. Ainda conforme o relato das jovens, ambos estavam embriagadas no momento e começaram a produzir vídeos sem que os policiais soubessem, destacando que tudo teria sido feito em tom de brincadeira.
Nos registros divulgados, os policiais aparecem armados, em tom informal, trocando piadas e frases como “aqui a gente domina”. As jovens também participam das brincadeiras e, em um momento, uma delas experimenta uma balaclava da corporação. Imagens mostram os agentes abordando pessoas durante as buscas, com as jovens seguindo no banco traseiro da viatura. O caso rapidamente gerou críticas pela quebra do protocolo policial e exposição da corporação ao constrangimento público.
Diante da repercussão, ambos os policiais foram identificados e afastados de suas funções. Um Inquérito Policial Militar foi aberto para investigar todas as circunstâncias da ocorrência e possíveis violações disciplinares e legais. A Polícia Militar de Santa Catarina destacou que se trata de condutas graves e que não compactua com desvios desse tipo no serviço público. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados oficialmente até o momento.
