Quinta-feira, 13 de Março de 2025

Polícia detalha como ‘Tribunal do Crime’ operava na região; confira

Investigação da PCPR, com apoio da PMPR e GCM, resultou na prisão de três homens e um adolescente envolvidos em crimes violentos
2025-03-13 às 14:04

A Polícia Civil do Paraná (PCPR), em operação conjunta com a Polícia Militar do Paraná (PMPR) e a Guarda Civil Municipal de São Paulo (GCM-SP), prendeu três homens e apreendeu um adolescente por crimes bárbaros cometidos em Sengés, nos Campos Gerais.

De acordo com as investigações, o grupo estava envolvido em homicídio qualificado, tentativa de homicídio, tortura, ocultação de cadáver e organização criminosa para o tráfico de drogas. As prisões ocorreram nesta quarta-feira (12) em Sengés e Itararé (SP).

O principal caso investigado é o assassinato de Eunice Fernandes de Oliveira, de 33 anos, cujo corpo foi encontrado em uma cova rasa nos arredores de Sengés, com sinais de tortura, queimado e sem as mãos. A vítima estava desaparecida desde 7 de janeiro.

Segundo o delegado Isaias Fernandes, da PCPR, Eunice foi levada a um “julgamento” promovido por suspeitos ligados ao tráfico, sob acusação de furto. A sessão de tortura e o homicídio foram transmitidos ao vivo para integrantes do grupo criminoso. Após as agressões, o corpo foi queimado e enterrado.

As investigações também apontaram que o grupo submeteu outra vítima, uma mulher de 38 anos, a uma sessão semelhante de tortura em dezembro de 2024, sob a acusação de traição. Esse crime também foi filmado e transmitido.

“Apesar das agressões, a mulher sobreviveu e conseguiu buscar socorro. Ela foi hospitalizada em estado grave e permaneceu internada na UTI por 15 dias. Atualmente, enfrenta dificuldades de locomoção devido às lesões”, explica o delegado da PCPR, Isaias Fernandes. Ela ficou internada por 15 dias em estado grave.

O delegado ainda informou que a polícia investiga o paradeiro de uma possível terceira vítima do grupo, que está desaparecida. Os suspeitos presos possuem antecedentes por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Eles podem enfrentar penas que, somadas, ultrapassam 60 anos de reclusão.