Na noite desta terça-feira (19), a Polícia Civil de Ponta Grossa iniciou investigações após a descoberta de um feto na região do bairro Los Angeles, na rua Pedro Mezzomo. Uma jovem de 19 anos, moradora da casa, sofreu um aborto espontâneo no banheiro do imóvel. Segundo relatos apurados pelo D’Ponta News, ela entrou em trabalho de parto por volta das 4 horas da manhã e precisou dar à luz sozinha, sem assistência.

Um familiar da jovem, que mora com a avó na mesma residência, relatou que foi encontrada uma tesoura no local, que possivelmente a jovem teria usado para cortar a placenta ou o cordão umbilical. Durante o ocorrido, houve muito sangramento no banheiro. A jovem, sem saber como proceder, buscou ajuda somente por volta das 13h30, quando deu entrada na UPA Santa Paula, onde relatou ter enterrado o bebê.

A assistente social da unidade acionou a Guarda Municipal para acompanhar uma busca na residência em busca do feto. Inicialmente, não encontraram nada, até que um parente localizou uma sacola plástica atrás do sofá contendo o feto. Informações médicas preliminares indicam que a jovem menstruou pela última vez em janeiro, sugerindo uma gestação bastante avançada, com idade estimada entre 6 a 8 meses. O feto, masculino, estava bem formado e com tamanho compatível com esse período de gestação.

Diante do achado, a polícia científica foi acionada para realizar a perícia no local e no feto, visando determinar se o bebê nasceu morto ou vivo, bem como investigar se havia alguma substância ou medicamento no local que pudesse ter provocado o aborto espontâneo – fato que não foi confirmado, pois nenhum remédio foi encontrado.

A jovem foi transferida para o hospital da criança (HUMAI), onde exames identificaram contrações abdominais compatíveis com trabalho de parto recente. O feto foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exames que definirão a causa da morte.

A jovem permanece internada em estado estável na UPA Santa Paula e deve permanecer sob observação por alguns dias. A investigação policial segue para apurar com mais detalhes o ocorrido, respeitando o estado de vulnerabilidade da jovem e buscando esclarecer todas as circunstâncias do aborto espontâneo.