A Polícia Civil de Ponta Grossa confirmou que a recém-nascido encontrado morta em uma sacola plástica no quintal de uma residência nasceu viva e foi vítima de homicídio qualificado. Segundo o relatório de necropsia, o recém-nascido, do sexo masculino, havia completado aproximadamente nove meses de gestação e apresentava sinais de vida ao nascer, incluindo peso e altura compatíveis com bebês saudáveis.
O exame cadavérico revelou diversas lesões provocadas por objeto perfurocontundente, além de traumatismo craniano, identificado como a causa fatal. Marcas de equimoses no pulmão indicam que o bebê chegou a aspirar sangue, sinalizando sofrimento antes do óbito. Conforme o delegado responsável pelo caso, Luís Gustavo Timossi, as lesões observadas são compatíveis com uma tesoura encontrada no banheiro da residência, local apontado como cenário do crime pela investigação.
A mãe do bebê, uma jovem de 19 anos, confessou, após ser confrontada com o resultado da perícia, que atacou o filho logo após o parto. Ela alegou que a gravidez não era desejada e que o pai do recém-nascido não a assumiria, informação confirmada em depoimento.
O crime abalou profundamente a comunidade local, suscitando discussões sobre o acesso a apoio psicológico e social para gestantes em situação de vulnerabilidade, além do papel fundamental da rede de proteção à infância em casos de denúncias e suspeitas de abuso ou abandono. O caso segue sob investigação da 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa.