Entre plantões, operações e depoimentos, o delegado da 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, Gabriel Munhoz concedeu uma entrevista exclusiva para o portal D`Ponta News. Graduado em Direito com especialização em Direito Penal pela Faculdade Damásio de Jesus, a autoridade fala sobre seus desafios diários, hobbies e a sua busca por mais justiça para todos. Confira!

Quais os desafios diários como profissional e como avalia o cenário da segurança na região?

Os desafios são constantes e variados. Diariamente lidamos com a necessidade de equilibrar investigação minuciosa com agilidade nas respostas à sociedade. O cenário regional tem mostrado evolução positiva através do trabalho integrado entre as forças de segurança. Temos investido muito em inteligência policial e tecnologia, o que tem gerado resultados expressivos na elucidação de crimes e na prevenção. A cooperação entre as instituições e o apoio da comunidade têm sido fundamentais para construirmos uma segurança mais eficiente.

A delegacia também atua junto à comunidade em ações sociais e preventivas de segurança?

Absolutamente! Acreditamos que a segurança pública vai muito além da repressão. Desenvolvemos constantemente programas educativos em escolas, palestras sobre prevenção a diversos tipos de crimes em meu caso especialmente tratando de golpes e estelionatos, e mantemos canais abertos de diálogo com a comunidade. Essas ações preventivas são investimentos no futuro.

Sempre quis ser delegado? Teve alguma experiência profissional que influenciou nessa escolha?

Desde a faculdade atuei em promotorias criminais aqui de Ponta Grossa, o que despertou meu interesse sobre o tema e me deixou até certo ponto em dúvida entre a carreira do Ministério Público e de Delegado de Polícia. Durante minha formação acadêmica e atuando nas promotorias criminais da comarca, tive contato com casos que me mostraram como o trabalho policial bem feito pode transformar vidas e comunidades inteiras. A possibilidade de unir conhecimento jurídico com investigação e atendimento direto à população sempre me fascinou, além da parte operacional o que torna uma carreira absolutamente única.

Como define a palavra justiça?

Justiça é equilíbrio. Garantir que os direitos sejam respeitados e que as responsabilidades sejam assumidas. É tratar cada pessoa com dignidade, independente de sua condição social. Minhas referências incluem grandes nomes da segurança pública e do sistema criminal por onde trabalhei, que souberam inovar mantendo sempre o foco no ser humano. A justiça verdadeira constrói pontes, não apenas pune, mas, ela restaura e previne.

Considera a relação com a imprensa satisfatória e positiva? Cite alguns casos marcantes de sua carreira até agora.

A relação com a imprensa é fundamental e sempre buscamos mantê-la transparente e produtiva. A mídia é nossa parceira na prestação de contas à sociedade. Tivemos casos de grande repercussão onde a colaboração da imprensa foi essencial, tanto na divulgação de informações que auxiliaram investigações quanto na conscientização da população sobre temas importantes de segurança, principalmente na área onde atuo nos dias de hoje, sendo responsável pelos delitos de estelionato da cidade onde a prevenção e divulgação da imprensa são nossos grandes aliados.

Três palavras-chave que definem sua profissão?

Responsabilidade, dedicação e humanidade. Cada decisão que tomamos impacta efetivamente em vidas reais, por isto, a responsabilidade é fundamental. A dedicação nos move a buscar sempre a excelência, e a humanidade nos lembra que por trás de cada caso existe uma pessoa que merece nosso melhor trabalho.

Ainda é muito jovem e tem uma carreira cada vez mais promissora pela frente. Qual legado gostaria de deixar para as futuras gerações?

Gostaria de ser lembrado como alguém que ajudou a modernizar e humanizar a segurança pública. Desejo que as futuras gerações encontrem uma polícia ainda mais próxima da comunidade, mais tecnológica e eficiente. Quero contribuir para que vejam na carreira policial uma oportunidade de verdadeiramente servir e transformar a sociedade, e que estimulem novos jovens vocacionados à ingressarem nos quadros da Polícia Civil, haja vista ser uma profissão diferente de outras, e somente os vocacionados conseguem se manter firmes no propósito de servir a sociedade paranaense.

Gabriel por Gabriel?

Sou uma pessoa movida por desafios e pela certeza de que podemos sempre melhorar. Acredito no poder da educação, do diálogo e do trabalho em equipe. Vejo cada dia como uma nova oportunidade de aprender e contribuir para um mundo mais seguro e justo para todos. “Agradeço imensamente a oportunidade desta entrevista. Fico muito satisfeito em participar desta entrevista com o portal D´Ponta News. É sempre uma honra poder dialogar com a imprensa e a comunidade sobre nosso trabalho.”

Por Milla Cristo para D´Ponta News.