A deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, ressaltou a importância da campanha Brasil Sem Misoginia lançada nesta quarta-feira (25) pelo Ministério das Mulheres. A parlamentar destacou que esse tipo de violência “acontece o tempo todo, em qualquer lugar com milhares de mulheres. Pode ser a desqualificação, o constrangimento, destrato e pode ir aumentando virando violência física, psicológica, moral, patrimonial e sexual, chegando até o feminicídio”. Gleisi pontua ainda que a misoginia é o início da violência contra a mulher e que o combate à ela é a busca por respeito e igualdade. Além disso, a deputada defende que conforme as mulheres ocupam espaços de poder, os atos em desrespeito a elas tende a crescer.
O Brasil Sem Misoginia se propõe a mobilizar a sociedade brasileira para o enfrentamento ao ódio e a todas as formas de violência e discriminação contra as mulheres. A iniciativa deve envolver diversos setores – governos, empresas, sociedade civil, organizações não governamentais (ONGs), times de futebol, torcidas organizadas, universidades e grupos religiosos, entre outros. De acordo com a ministra Cida Gonçalves, mais de 100 empresas devem assinar um termo de adesão ao Brasil sem Misoginia. Ainda conforme Gonçalves, a iniciativa faz parte de um plano para “acordar o Brasil” para a situação.
A defesa das mulheres é uma das pautas defendidas por Gleisi Hoffmann desde o início de sua carreira política. Em seu mandato atual, a parlamentar ressaltou de forma positiva a implantação de salas de acolhimento para mulheres vítimas de violência em delegacias do Paraná. “A luta que fazemos em defesa das mulheres vítimas de violência teve um avanço importante no Paraná”, definiu Gleisi.
Dados
A misoginia é definia como ódio, aversão ou desprezo às mulheres. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mostram que o Brasil é o 5º país com maior número de feminicídios. Já um levantamento promovido pelo g1 mostra que o país bateu recorde no número de mulheres assassinadas em 2022 – conforme os dados apresentados, uma mulher foi morta a cada seis horas no Brasil. O Anuário do Fórum Brasileiro da Segurança Pública, por sua vez, aponta que no ano passado foram registrados 2.563 casos de feminicídios. Já em tentativa de homicídios contra mulheres, o número é de 7.660.