Em entrevista concedida ao radialista Ciro Domingues, da Rádio Nova AM, o promotor eleitoral de Apucarana, Dr. Gustavo Marinho, confirmou a existência de uma confissão sobre candidaturas fictícias nas últimas eleições municipais. Segundo ele, a confissão foi feita por uma candidata que, de acordo com seus relatos, teve seu nome inserido apenas para preencher a cota de gênero.
Marinho explicou que a candidata, que não fez campanha nem solicitou votos, apenas teve alguns familiares votando nela para evitar que sua candidatura fosse zerada. A candidata, conforme o promotor, nunca teve a intenção de disputar uma vaga no cargo de vereadora.
Segundo o promotor, a candidata acreditava que sua participação não teria implicações legais e que não seria necessário fazer campanha. “Na minha opinião, ela só percebeu que estava envolvida em algo errado depois”, afirmou Marinho.
A confissão foi gravada com a permissão da candidata, que foi informada de seus direitos, inclusive de não ser obrigada a produzir provas contra si mesma. Mesmo assim, a candidata decidiu relatar a situação para se sentir tranquila em relação à verdade.
O depoimento será anexado ao processo judicial em andamento. Marinho também mencionou que a candidata está sendo investigada em outra ação, na qual será ouvida formalmente. A Justiça Eleitoral de Apucarana continua a apuração do caso.