Nesta segunda-feira (04), em votação no plenário da Câmara Municipal de Ponta Grossa, foi aprovado o parecer da Comissão Parlamentar Processante (CPP) que julgou como improcedente a denúncia contra o vereador Celso Cieslak (PRTB), afastado do mandato por ser investigado na Operação Pactum, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
A investigação apura a existência de uma organização criminosa composta por agentes políticos, servidores públicos e empresários, voltada à prática dos crimes de fraude a licitações, tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro em Ponta Grossa, Palmeira, Lapa, Curitiba, Guaratuba e Balneário Camboriú (SC). Cieslak foi acusado pelo vereador Geraldo Stocco (PV) de ter oferecido R$ 300 mil de propina para que houvesse mudança no relatório da CPI da Saúde.
A CPP foi requerida pelo suplente de Cieslak, o vereador Sargento Guiarone (PRTB), o qual pediu a cassação do parlamentar investigado alegando quebra de decoro.
A averiguação feita pelos vereadores Dr. Zeca Raad (UB), Josi do Coletivo (PSOL) e Daniel Milla (PSD) na CPP, concluiu pela improcedência da denúncia por falta de provas.
Por 11 votos favoráveis ao parecer de improcedência da denúncia, foi arquivado o pedido de cassação. Os vereadores que votaram a favor alegaram que não tiveram acesso aos autos do processo do Ministério Público.
O D’Ponta News entrou em contato com o presidente da Câmara, Filipe Chociai (PSD), questionando qual seria o procedimento a partir de agora e se o parlamentar afastado retornaria ao cargo. Segundo Chociai, “a conclusão do processo e votação da CPP não implica no retorno do vereador Celso ao exercício do mandato. Seu afastamento ocorreu por determinação judicial e não tem relação com a CPP”, declarou. Desta forma, o suplente Sargento Guiarone permanece em seu lugar até o final da investigação do Ministério Público.
Nossa equipe também tentou contato com o vereador investigado, Celso Cieslak, para uma declaração sua a respeito da decisão dos parlamentares em sessão, mas não tivemos retorno até o momento.