Jair Bolsonaro é o quarto ex-presidente do Brasil a ser preso desde a redemocratização do país, ao lado de Fernando Collor, Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer. A prisão de Bolsonaro, concretizada em 2025, decorre de uma condenação histórica a 27 anos e três meses de prisão, pelo envolvimento em uma trama golpista para se manter no poder após as eleições de 2022.

Ambos os ex-presidentes já tiveram sua prisão decretada pela Justiça

Bolsonaro foi condenado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência, grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. Com ele, outros sete aliados foram também condenados por esses mesmos crimes em um julgamento que marcou a primeira vez que um ex-presidente brasileiro foi punido por liderar um plano para derrubar a ordem democrática vigente.

Antes de sua condenação definitiva, Bolsonaro cumpria prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, medida decretada no âmbito das investigações sobre a tentativa de golpe, que incluía buscas e apreensões em sua residência e restrições severas ao uso de redes sociais e comunicação com autoridades. A decisão judicial considerou riscos à ordem pública e a possibilidade de interferência nas investigações.

Historicamente, quatro ex-presidentes brasileiros foram presos: Fernando Collor de Mello, que enfrentou prisão por corrupção; Luiz Inácio Lula da Silva, com pena posteriormente revertida; Michel Temer, preso preventivamente e liberado; e agora Jair Bolsonaro, cujo caso é inédita pela pena severa associada a crimes contra a democracia. O fato marca um momento singular na história política brasileira, refletindo uma Justiça rigorosa no enfrentamento de tentativas de desestabilização institucional.