A defesa do ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello estuda solicitar a conversão da pena para o regime domiciliar, alegando questões de saúde. A possibilidade está sendo considerada caso o Supremo Tribunal Federal (STF) mantenha a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou o cumprimento da pena em regime fechado. As informações são de Pedro Duran, da CNN Brasil.
Com 75 anos, Collor é descrito por seus advogados como alguém com “saúde sensível”, o que, segundo eles, dificultaria sua permanência em um ambiente carcerário por período prolongado. Detalhes sobre seu estado clínico, no entanto, não foram divulgados pelas fontes ouvidas pela emissora.
Enquanto aguardam os desdobramentos no STF, os advogados priorizam a gravação de uma sustentação oral para ser anexada ao processo virtual. A defesa também pretende destacar elementos que consideram relevantes para reavaliar a condenação, como a mudança na composição da Corte — com a substituição de ao menos três ministros desde o julgamento — e uma eventual possibilidade de prescrição dos crimes.
Fernando Collor foi preso na madrugada da última sexta-feira (25) no aeroporto de Maceió (AL), de onde, segundo seus representantes, pretendia viajar a Brasília para se apresentar voluntariamente. Ele foi condenado em 2023 a oito anos e dez meses de prisão, em regime inicialmente fechado, por corrupção e lavagem de dinheiro em um esquema ligado à antiga BR Distribuidora, hoje Vibra Energia.