Recentemente, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) foi alvo de críticas severas por suas declarações nas redes sociais, consideradas misóginas e machistas, especialmente em relação à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. As bancadas femininas do PT na Câmara e no Senado, juntamente com a Secretaria Nacional de Mulheres do partido, repudiaram veementemente essas falas, classificando-as como inaceitáveis e prejudiciais à dignidade das mulheres na política.
As declarações de Gayer surgiram após uma fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou ter nomeado Gleisi para o cargo de ministra por ser uma “mulher bonita”, com o objetivo de melhorar a relação do governo com o Congresso. Gayer comparou essa atitude a um “cafetão oferecendo sua funcionária em uma negociação entre gangues”, gerando grande controvérsia.
As bancadas femininas do PT e a Secretaria Nacional de Mulheres do partido destacaram que tais declarações não apenas desrespeitam as mulheres na política, mas também reforçam discursos machistas e misóginos que precisam ser combatidos diariamente. Elas lembraram que a violência política de gênero é crime no Brasil, conforme a Lei 14.192/2021, e que o Parlamento não pode compactuar com esse tipo de violência.
Em resposta, a bancada do PT e outras deputadas estão articulando um pedido de cassação do mandato de Gayer no Conselho de Ética da Câmara, além de uma ação criminal na Procuradoria-Geral da República. A ministra Gleisi Hoffmann também anunciou que tomará medidas judiciais contra os parlamentares que a atacaram após a fala de Lula.