Terça-feira, 16 de Setembro de 2025

Deputado justifica chamar mulheres de “bruxa” e bate-boca toma conta da Alep; vídeo

Deputado Ricardo Arruda teria se referido a parlamentares com termos ofensivos, gerando tumulto e suspensão da sessão; Mabel Canto afirmou que vai acionar o Conselho de Ética
2025-09-16 às 18:10

A deputada Mabel Canto, juntamente com a bancada feminina da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), anunciou que acionará o Conselho de Ética da casa contra o deputado Ricardo Arruda. A medida foi tomada após o parlamentar, durante uma sessão, ter se referido às deputadas como “bruxa”, o que gerou um forte debate e a suspensão temporária dos trabalhos.

O incidente ocorreu após o deputado Arilson Chiorato (PT) criticar o uso do termo “bruxa” por outro parlamentar para se referir à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF). Chiorato, que na época era o líder da oposição, classificou o termo como “desrespeitoso” e “inaceitável”, ressaltando que o ataque verbal a mulheres empoderadas é um exemplo de machismo institucionalizado. O deputado Professor Lemos reforçou a crítica, lembrando o histórico da “caça às bruxas” e a misoginia associada ao termo.

Na sequência, o deputado Ricardo Arruda pediu a palavra, inicialmente para dar uma “definição” do termo “bruxa”. Suas falas provocaram a reação da deputada Ana Júlia, que pediu para que o teor da fala fosse mantido nas notas taquigráficas para uso em processos futuros. A deputada Mabel Canto também se manifestou, confirmando que a bancada feminina iria ao Conselho de Ética e pedindo respeito. O presidente da sessão, em meio ao tumulto, chegou a cassar a palavra de Arruda e suspender a sessão por dois minutos para acalmar os ânimos.