Sexta-feira, 29 de Novembro de 2024

Escola 4.0 será uma marco de desenvolvimento educacional em Ponta Grossa, afirma Elizabeth Schmidt

2024-09-17 às 15:54
D’Ponta News

A candidata à reeleição pelo União Brasil, Elizabeth Schmidt esteve, na manhã desta terça-feira (17), no programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,3 para Ponta Grossa e região) para a segunda de uma série de entrevistas com todos os candidatos à Prefeitura de Ponta Grossa, falando sobre suas propostas, promessas de campanha e projetos.

Confira os destaques da entrevista:

Segundo Elizabeth, os prefeitos anteriores à sua gestão tomaram “medidas paliativas para resolver problemas pontuais”. Como vice-prefeita, ela declara: “me indignava muito com o que acontecia, porque eu via que as Unidades Básicas de Saúde (UBS) estavam caindo aos pedaços, via que os hospitais estavam precisando de socorro (…); o ex-prefeito [Marcelo Rangel] também viu”, explicando que Marcelo, em seu mandato como prefeito, fez um convênio para repassar a responsabilidade do Hospital Prefeito João Vargas de Oliveira – Hospital da Criança – para a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e o Governo do Estado.

“Nesse convênio não estava escrito que o Pronto Atendimento Infantil (PAI) tinha a obrigatoriedade de estar lá [dentro do hospital] funcionando”, ressalta, contando que apenas quando já havia tomado posse como prefeita é que a UEPG assumiu o hospital e a instituição “não aceitou o PAI dentro do ‘hospitalzinho’ infantil”, afirma.

“Nossa responsabilidade é atenção básica, atenção primária e a responsabilidade do Estado é média e alta complexidade”, explica, contando que como o PAI, por ser de responsabilidade do município, “a UEPG não aceitou que ficasse lá”, pontua.

“Nós levamos [o PAI], em plena pandemia, para a UPA Santa Paula. As crianças junto com os adultos com covid; muito difícil a situação e eu tive que tomar uma decisão rápida e certeira. Eu fechei uma unidade de saúde, a Sady Silveira, e abri um Centro de Atenção à Criança (CAC)”, expõe, contando que a nova unidade realiza atendimentos 24 horas por dia e sete dias por semana.

“Agora a minha proposta é duplicar este CAC e transformá-lo em em um super-PAI para fazer atendimento de outros serviços e exames dentro do próprio local”, destaca.

Conta também que o Hospital Amadeu Puppi ficou sem manutenção por muitos anos, pelas gestões anteriores. Em seu mandato, “em plena pandemia estávamos vendo a chuva em cima do paciente (…), chovia dentro do centro cirúrgico”, expõe. Segundo ela, Ponta Grossa ‘não saiu perdendo’ com o fechamento do hospital, pois no local haviam 45 leitos; foram agregados mais 15 e repassados para a responsabilidade do Estado, no Hospital Regional.

Com esse repasse para o Governo Estadual, conforme Elizabeth diz, o município deixou de custear R$77 milhões de reais que eram destinados para manter os casos de média e alta complexidade. “Não eram nossa responsabilidade porque era porta aberta para toda a região e Ponta Grossa pagava a conta”, pontua.

“Eu tomei uma atitude realmente radical para que nós pudéssemos não fazer só paliativos e agora eu posso propor a gestão plena em saúde”, afirma a candidata.

Gestão Plena da Saúde

Como uma de suas principais propostas para a reeleição, Elizabeth tem destacado a gestão plena da saúde e dos recursos enviados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), modelo que já é utilizado em grandes cidades do estado como Curitiba, Maringá e Londrina. Sobre isso, a candidata esclarece que o recurso Média e Alta Complexidade (MAC) é repassado diretamente para o município e não mais para o Estado. 

Segundo a atual prefeita, Ponta Grossa é uma regional de saúde e os pacientes locais são enviados para hospitais de outras regiões para suprir a demanda. “Nós precisamos garantir um número de leitos maior”, ressalta.

Neste modelo, os recursos serão distribuídos “de acordo com as necessidades do município, não de acordo com o que o Estado acha que é bom”, pontua Schmidt.

Unidades de Pronto Atendimento (UPAs)

Elizabeth diz que a gestão das UPAs foram terceirizadas por não conseguir contratar médicos pelo município. “Hoje eu tenho 122 médicos, contando com 30 ‘Mais Médicos’ e 40 prestadores de serviços. Eu não consegui contratar (…). Fiz três Processos Seletivos Seriados (PSS) e fiz um concurso público e eu contratei um médico”, conta.

Destaca que, com a terceirização das unidades, as UPAs receberam na última semana a Acreditação Internacional Qmentum na categoria Gold, um reconhecimento internacional que atesta a excelência em segurança do paciente e qualidade assistencial.

Sobre a superlotação, Elizabeth diz que “a implosão do sistema de Saúde do Paraná e do Brasil aconteceu, não foi só em Ponta Grossa”, pontua. Esclarece que as unidades ficam lotadas porque “não têm leitos de retaguarda” para receber os pacientes.

Escola 4.0

Schmidt enfatiza que encerra seu primeiro mandato entregando nove novos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), cinco reformados além de outros projetos que já estão previstos para a nova gestão no Jardim Paraíso, no Gralha Azul e no Califórnia.

Ainda, segundo ela, há um projeto que “será um marco de desenvolvimento educacional em Ponta Grossa, que será a adoção da nova escola, a Escola 4.0”, ressalta. Este modelo contará com projetos integrados e sustentáveis e com espaços pensados para estimular o desenvolvimento intelectual e social do aluno.

O primeiro será construído no Jardim Imperial e este espaço contará com CMEI, escola de ensino fundamental, ginásio de esportes e piscina.

Valorização dos profissionais

Sobre o salário dos profissionais do magistério, a prefeita ressalta também que “enquanto têm cidades e prefeituras discutindo o piso nacional, nós estamos pagando o nível A referência 1”, declara.

Para os servidores em geral, houve a criação do Plano de Cargos e Salários e a conquista do vale-alimentação de R$450.

Transporte Coletivo

Elizabeth afirma que a gestão completa do transporte público de Ponta Grossa já está com a Prefeitura. No novo contrato, a empresa concessionária será cobrada pelo quilômetro, diferente do contrato atual, que é pelo número de passageiros.

Ainda, segundo ela, pretende “congelar” a tarifa e aumentar o subsídio. “Essa é uma proposta, um plano, que eu quero a longo prazo desenvolver”, finaliza.

Assista a entrevista completa