Na sessão desta segunda-feira (22), o vereador Guilherme Mazer (PT) fez um discurso na tribuna da Câmara Municipal de Ponta Grossa contra o projeto do governo que prevê a terceirização da gestão da merenda escolar no município.
“É constrangedor ver vereadores e servidores comissionados sendo mobilizados para defender o indefensável. Estão enfileirando cargos comissionados para ocupar cadeiras desse plenário e intimidar o debate, enquanto servidores interessados são impedidos de participar. Isso é antidemocrático”, afirmou Mazer.
O parlamentar destacou que a terceirização coloca em risco a qualidade da alimentação escolar e ameaça a agricultura familiar, que há décadas fornece alimentos para as escolas através de programas nacionais como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
“Não existe justificativa econômica apresentada, não há documento que prove economia. O que está em jogo é a transferência de quase 100 milhões de reais para a iniciativa privada, sem garantia de melhora no serviço. Quando você terceiriza, alguém precisa lucrar — e esse lucro sai do prato das nossas crianças e do bolso da população”, criticou.
No ínicio da sessão foi aprovado o requerimento enviado pelo vereador Mazer, que convoca a secretária de Educação para comparecer à Câmara Municipal. A secretária assina o edital de 88 milhões para a terceirização da merenda escolar.
Mazer também denunciou o uso da máquina pública para manipular o debate. “Podem gastar milhões com publicidade para tentar calar nossa voz, podem apagar comentários meus na imprensa. Eu não fui eleito para entregar um serviço básico para empresas privadas. Eu vou continuar falando”, concluiu.
Das assessorias.