O segundo dia de celebrações dos 45 anos do Partido dos Trabalhadores (PT) reuniu, neste sábado (22), os quadros mais importantes da legenda, na região portuária do Rio de Janeiro. O Armazém 3 do Pier Mauá, no centro da capital fluminense, ficou lotado para receber o presidente Lula, a presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, o presidente da Fundação Perseu Abramo (FPA), Paulo Okamotto, além de membros do governo, parlamentares petistas e outros correligionários do presidente.
Primeira presidenta da história do PT, Gleisi foi muito ovacionada pelos presentes e agradeceu à militância pela capacidade de resistência e pelo engajamento em defesa de Lula e do legado do partido.
“Só foi possível chegarmos até aqui porque tínhamos vocês. Ninguém baixou a cabeça. Nossa militância foi muito firme, muito forte, sem medo de enfrentar tudo aquilo que nós enfrentamos. Se o presidente Lula subiu de novo a rampa do Palácio do Planalto, é por causa da resistência, da resiliência da militância do Partido dos Trabalhadores”, elogiou.
Ela também reiterou o orgulho que representou presidir a maior legenda de esquerda da América Latina por oito anos. “Eu tenho muito orgulho de presidir esse partido. É uma das missões mais importantes da minha vida, presidir o partido dos trabalhadores e das trabalhadoras, um partido criado na luta”, resumiu.
A deputada fez questão de lembrar o vanguardismo do PT ao incluir as mulheres nas mais importantes lutas do partido e mencionou o nome da ex-presidenta Dilma Rousseff, outro símbolo de resistência da esquerda brasileira, a exemplo de Lula.
“Nenhum presidente abriu tanto caminho para mulheres, incentivou, oportunizou, construiu para que a primeira mulher, nossa companheira Dilma Rousseff, se tornasse presidenta da República. E para que a primeira mulher fosse presidenta de um dos maiores partidos desse país, o partido que o senhor foi fundador”, reconheceu Gleisi.
“O valor histórico dessa postura foi, é e será fundamental para colocar, de vez, mulheres como protagonistas na cena da política brasileira […] Viva a militância feminina, as mulheres do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras”, destacou, sob aplausos.
Em relação às origens do PT e às características que o tornam único, Gleisi enfatizou a importância de manter a conexão com o povo trabalhador. “Não estaríamos aqui se não tivéssemos mantido nosso compromisso com a origem, com os trabalhadores e com o povo brasileiro.”
“Nosso compromisso foi mudar a política, o país e a vida das pessoas. Começamos inovando na organização política, um partido organizado de baixo para cima, nas fábricas, nos campos, nas escolas, comunidades de base, para dar vez e voz a quem nunca teve”, prosseguiu a presidenta do PT.
Neste sábado, a militância petista rechaçou, de maneira uníssona, a anistia almejada por Jair Bolsonaro e pela extrema direita. Gleisi argumentou que a tentativa de golpe de Estado, que resultou na depredação das sedes dos Três Poderes, está amplamente documentada pelas autoridades policiais.
“Com provas de um farto material produzido pelos seus asseclas, Bolsonaro sentará no banco dos réus. Será julgado pelo devido processo legal, coisa que não aconteceria se ele tivesse vencido a eleição. Nem por perto isso se compara, presidente Lula, com o que o senhor sofreu, com o que nós sofremos na operação conduzida por Sérgio Moro”, declarou.
“Ali foram prisões ilegais, injustas, ilações, delações forjadas. Por isso que nós temos que ser firmes nesse julgamento. E ser firmes para que os responsáveis cumpram. Por isso é sem anistia para Bolsonaro e para aqueles que praticaram oito de janeiro de 2023”, acrescentou a presidenta do PT.
da assessoria