O ex-ministro e ex-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), teve seu nome incluído no cadastro de inadimplentes da Serasa. A inclusão ocorreu em 28 de fevereiro de 2025, após Gomes perder um processo judicial e não quitar a dívida resultante.
A situação chama atenção pelo fato de Ciro ter sido um dos principais defensores do programa “Nome Limpo” durante suas campanhas presidenciais em 2018 e 2022. O projeto propunha a quitação de dívidas de consumidores com nome sujo no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).
A dívida de R$ 1.783,56 é decorrente de um processo que Ciro moveu contra o colunista de economia Felippe Hermes da Silva. O político contestava um texto crítico à sua proposta de reestatização da Petrobrás. No entanto, a 10ª Vara Cível de Porto Alegre julgou o processo improcedente em 2023.
Como resultado, Ciro foi condenado a pagar as custas processuais e os honorários advocatícios, fixados em 10% do valor da causa. Após não efetuar o pagamento, suas contas bancárias foram bloqueadas, mas nenhum valor foi encontrado.
A inclusão do nome de Ciro Gomes na Serasa gerou repercussão nos meios políticos e nas redes sociais. Muitos internautas apontaram a ironia da situação, lembrando que o político se apresentava como o “pai” do nome limpo durante suas campanhas.
O programa “Nome Limpo”, proposto por Ciro, prometia “quebrar” o cartel dos bancos e auxiliar milhões de brasileiros a quitarem seus débitos com o SPC. A proposta era uma das principais bandeiras de suas campanhas presidenciais. Até o momento da publicação desta notícia, a assessoria de Ciro Gomes não se manifestou sobre o assunto.