Sábado, 31 de Maio de 2025

Gleisi Hoffman defende Lula como única opção da esquerda para enfrentar direita em 2026

Presidente do PT afirma que alianças com centro e direita isolaram bolsonarismo, mas reconhece desafios para a esquerda nas próximas eleições
2025-05-30 às 10:41

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que não vê outra alternativa na esquerda além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para disputar e vencer a extrema direita nas eleições presidenciais de 2026. Em entrevista ao programa Conversa com Bial, da TV Globo, Gleisi declarou: “Na esquerda, para fazer disputa e ganhar da extrema-direita, não vejo outra pessoa que não seja o Lula. Obviamente que numa idade mais avançada tem mais dificuldades”.

Segundo a ministra, embora o PT e outros partidos progressistas tenham lideranças qualificadas, falta uma figura com o mesmo alcance popular e capacidade de embate direto com o bolsonarismo. Ela reconheceu que Lula só será candidato se estiver em condições de saúde adequadas, mas reforçou que, diante do cenário atual, o ex-presidente é o único nome capaz de liderar a esquerda contra a extrema direita.

Gleisi também justificou as alianças do governo Lula com partidos de centro e de direita, como União Brasil, MDB, PSD, PP e Republicanos. Para ela, essa estratégia foi fundamental para garantir a governabilidade e isolar politicamente o bolsonarismo. “A gente teve que fazer composição para governar e trouxe a direita para dentro do governo. Isolou a extrema-direita, o bolsonarismo. E trouxe uma parte da direita. Você traz o União Brasil, vem metade da bancada. Traz o PP e vem uma parte da bancada. E obviamente isso faz com que medie as posições, mas não deixamos de fazer programas importantes”, afirmou.

Apesar da confiança em Lula, Gleisi admitiu que o governo ainda enfrenta desafios para ampliar sua articulação política e consolidar apoios, especialmente diante da queda de popularidade e das movimentações de partidos do Centrão, que buscam alternativas para 2026 e resistem em apoiar a reeleição de Lula ou outro nome petista.