Proibido de deixar o país, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi até o Aeroporto Internacional de Brasília na manhã deste sábado (18), a fim de acompanhar o embarque da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro aos Estados Unidos. Michelle pretende representar o ex-presidente na posse de Donald Trump, presidente eleito dos EUA, na segunda-feira (20). O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também deve representar o pai na cerimônia no Capitólio, em Washington.
No terminal de embarque, Bolsonaro criticou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que o impediu de viajar aos Estados Unidos para acompanhar a posse de Trump. Bolsonaro chegou a solicitar a devolução do passaporte – apreendido em fevereiro do ano passado – com a finalidade de acompanhar a cerimônia, alegando ter sido pessoalmente convidado. Posteriormente, foi averiguado que o convite era automático e gerado a qualquer pessoa que o solicitasse por um site.
De acordo com o Metrópoles, sem citar o nome de Moraes, o ex-presidente criticou o ministro do STF, após o novo veto. “Enfrento uma enorme perseguição política por parte de uma pessoa. Essa pessoa decide a vida de milhões de pessoas no Brasil. Ele e mais ninguém. Ele é o dono do processo. Ele é o dono de tudo. Quando quer ignora o Ministério Público, faz o que bem entende. O objetivo é eliminar a direita do Brasil”, disse.
A principal crítica do ex-presidente resulta do fato de ser impedido de deixar o país sem ter sido condenado pela Justiça. Bolsonaro é investigado desde 2019 pelo inquérito das fake news e por envolvimento na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023.
Ele ainda disse contar com Trump para reverter sua inelegibilidade junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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