O deputado federal eleito Joselito Canto (PSDB-PR) voltou a se manifestar publicamente sobre o impedimento que o afastou de assumir a vaga na Câmara dos Deputados. Em pronunciamento, Joselito destacou: “O mandato do deputado federal pertence a mim e não ao Beto Richa. O mais votado do PSDB do Paraná fui eu.” Segundo ele, a decisão que o afastou se baseou em uma condenação por improbidade administrativa, motivada pelo uso de um policial à disposição enquanto era prefeito.

Joselito questiona a justiça da punição e faz referência ao contexto nacional de defesa da democracia. “No momento em que se fala em golpe no Brasil, tá se julgando um golpe, uma tentativa de ruptura. […] Como os ministros estão lutando contra o golpe, agora a tentativa de ruptura da presidência da república, é justo que ocorra o mesmo comigo, porque senão estamos deixando de lado a vontade do povo”, afirmou.

O deputado eleito também citou falas recentes dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux e Alexandre de Moraes, para reforçar sua defesa. “Na verdade, a improbidade não é para o agente inepto, é para o agente ímprobo, ímprobo, né? Como disse agora o ministro Alexandre. Não se pode confundir o agente corrupto com o agente incompetente, ou às vezes o agente não é nem competente, é sem sorte”, declarou Joselito, ecoando o entendimento dos ministros.

Para ele, a decisão de afastá-lo não se justifica diante do que considera um erro administrativo, e não um ato de corrupção. “Pela fala dos ministros, pelo entendimento, eu não cometi nenhum crime de improbidade, só por ter um policial à disposição”, defendeu. Joselito encerrou sua manifestação reforçando o apelo à justiça e à legitimidade do voto: “O mandato é do Joselito e não do Beto Richa”, concluiu.