A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, destacou que a presidência brasileira do G20 sob a liderança do presidente Lula conferiu um caráter histórico à atuação do bloco, refletido no documento final divulgado na Cúpula do Rio de Janeiro. “O presidente Lula e o Brasil fazem a história avançar com o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e o documento final da Cúpula do G20, que termina hoje no Rio”, escreveu Gleisi, no ‘X’.
“O documento final do G20, sob a presidência brasileira, aponta para a reforma da ONU no rumo de uma governança global mais democrática e unilateral; reforça a proposta, também brasileira, de taxação global dos super-ricos; defende o cessar-fogo em Gaza e reafirma a solução de dois estados, Palestina e Israel; valoriza os esforços diplomáticos para solucionar o conflito entre Rússia e Ucrânia, e reafirma o Protocolo de Kioto como referência para ações coordenadas no enfrentamento da crise climática”, pontuou.
Para Gleisi, a Cúpula do Rio demonstrou que é viável alcançar consensos através do diálogo democrático e do respeito às diferenças, especialmente em um “momento em que o mundo se vê ameaçado pelo extremismo de direita e pela ganância do sistema financeiro e suas políticas neoliberais”.
Documento final
O texto ressalta o compromisso com o combate à fome, uma prioridade do presidente Lula, a reforma da governança global com a taxação dos super-ricos e o enfrentamento às mudanças climáticas. Além disso, sublinha compromissos ambientais, trabalho decente e defesa dos direitos humanos.
A declaração consolidou os conceitos da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, que foi lançada com a adesão de mais de 80 nações. O G20 reafirmou seu papel como fórum de cooperação, especialmente voltado para o apoio aos países em desenvolvimento e para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. O documento também enfatizou a necessidade de uma transição energética e ações ambientais urgentes, destacando a taxação de grandes fortunas como uma estratégia para financiar as mudanças necessárias no cenário internacional. Além disso, foi proposta uma reforma na governança de instituições multilaterais para aumentar a eficiência nos esforços de paz.
O documento, composto por 85 pontos, incorpora as principais prioridades da presidência brasileira, reconhecendo que a desigualdade, tanto dentro dos países quanto entre eles, está na raiz dos principais desafios globais.
“O mundo requer não apenas ações urgentes, mas medidas socialmente justas, ambientalmente sustentáveis e economicamente sólidas. Por esse motivo, nós trabalhamos em 2024 sob o lema ‘Construindo um mundo justo e um planeta sustentável’ – colocando a desigualdade, em todas as suas dimensões, no centro da agenda do G20”, destaca um trecho da declaração.
O texto enfatiza a necessidade de esforços globais para reduzir as disparidades de crescimento entre as nações. “Reconhecemos que as crises que enfrentamos não afetam igualmente o mundo, sobrecarregando desproporcionalmente os mais pobres e aqueles que já estão em situação de vulnerabilidade”, aponta outro trecho.
da assessoria