Terça-feira, 30 de Abril de 2024

“Moro, Dallagnol e Gabriela Hardt têm muito para explicar à Justiça”, afirma deputado Arilson Chiorato após CNJ apontar irregularidades na Lava Jato

2024-04-17 às 10:12

Nesta terça-feira (16), o deputado estadual e presidente do Partido dos Trabalhadores no Paraná, Arilson Chiorato, usou as redes sociais para falar sobre as irregularidades da Lava Jato indicadas em relatório do Conselho Nacional de Justiça. De acordo com o parlamentar, os apontamentos de que Sergio Moro, Deltan Dallagnol e Gabriela Hardt tentaram desviar R$ 2,5 bilhões do Estado é “gravíssimo”. Arilson afirma também que o trio tem muito o que explicar à Justiça.

A declaração vem após o deputado pedir a cassação do título de  “Cidadão Honorário” do desembargador e ex-presidente do TRF-4, Thompson Flores. No início da semana, Chiorato afirmou que “não podemos mais uma vez usar a casa do povo paranaense para validar títulos a pessoas, que comprovadamente estavam envolvidas em combinações escusas contra o povo brasileiro, contra a economia brasileira, contra a democracia brasileira”. “O que temos agora, materialmente falando, não é o PowerPoint e também não é só convicção, são documentos, que foram obtidos durante inspeção do CNJ na 13ª Vara Federal de Curitiba e nos gabinetes dos magistrados afastados. Que a justiça seja feita, agora, de verdade e a farsa da Lava Jato desmascarada”, complementou o parlamentar.

Entenda

No relatório de apoio à correição feita pelo Conselho Nacional de Justiça na 13ª Vara Federal de Curitiba, o delegado da Polícia Federal Élzio Vicente da Silva afirma que o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), hoje senador, o ex-procurador da República Deltan Dallagnol e a juíza federal Gabriela Hardt agiram em conluio para desviar R$ 2,5 bilhões dos valores oriundos da Lava Jato para criar uma fundação privada.

No período entre 2016 e 2019, diz o delegado no documento, Moro, Hardt e Dallagnol, além de outros procuradores da autodenominada “força-tarefa”, “atuaram para promover o desvio, por meio de um conjunto de atos comissivos e omissivos e com auxílio de agentes públicos americanos e dos gerentes da Petrobras Taísa Oliveira Maciel, Carlos Rafael Lima Macedo, e representantes da Petrobras não especificados, de R$ 2.567.756.592,009 destinados originalmente ao Estado brasileiro, para criação de uma fundação voltada ao atendimento a interesses privados”.