A recente formação da federação entre o Progressistas e o União Brasil tem gerado discussões sobre quem, de fato, detém o maior poder de mando político no cenário eleitoral. De acordo com especialistas e análise dos números, o Progressistas se destaca não apenas pelo histórico político, mas também pela representatividade expressiva em cargos eletivos, o que coloca o partido em uma posição estratégica dentro da nova estrutura de federação.
Ao analisar a quantidade de representantes em cargos efetivos, é evidente que o Progressistas possui uma presença mais robusta. A federação, apesar de ser uma junção de forças, acaba favorecendo quem tem maior peso eleitoral. E neste caso, o Progressistas lidera a disputa. O número de prefeitos e vereadores do partido é substancialmente superior, o que lhe confere uma maior representatividade e poder de articulação política em nível estadual e municipal. Esses números têm grande impacto nas decisões políticas e nas prioridades do governo, pois a capacidade de mobilização local é um fator importante para se garantir a atenção e os recursos necessários para cada região.
No cenário federal, o Progressistas também sai na frente, com mais representantes na Câmara dos Deputados do que o União Brasil. Esse diferencial coloca o partido em uma posição de maior influência nas discussões políticas e na definição das prioridades legislativas.
Levando em conta o cenário paranaense, temos o seguintes números:
Deputados federais: 6 do Progressistas e 4 do União Brasil
Deputados estaduais: 7 do Progressistas e 7 do União Brasil
Prefeitos: 61 do Progressistas e 30 do União Brasil
Vice-prefeitos: 51 do Progressistas e 44 do União Brasil
Vereadores: 552 do Progressistas e 391 do União Brasil
Para o analista político Rafael Guedes, essa distribuição de representantes é um reflexo direto do poder político que um partido pode exercer. “Quem tem maior representatividade, especialmente em âmbito federal, é quem exerce o maior mando político. O número de representantes, seja em cargos executivos ou legislativos, garante uma capacidade maior de influenciar as decisões no Congresso e, consequentemente, nas políticas públicas. Além disso, é possível concluir que o número representa um bom alinhamento do partido com os interesses da sociedade”.
A representatividade maior do Progressistas não é apenas uma questão numérica, mas também estratégica. Cidades e estados com maior número de prefeitos e vereadores do partido tendem a ter mais atenção e recursos federais direcionados a suas demandas, refletindo diretamente nas prioridades políticas da federação.
Guedes complementa apontando que “um partido como o Progressistas, que tem quase o dobro de representantes em cargos de peso, naturalmente tem mais capacidade de negociar, influenciar e garantir as prioridades em qualquer esfera de governo”.