A sessão, considerada uma das mais importantes da Alep por avaliar a constitucionalidade dos projetos de lei, discutia o número do efetivo da Polícia Militar do Paraná. O deputado Renato Freitas (PT), que havia solicitado vista do projeto, tentou abordar outro tema antes de apresentar seu voto separado. Durante sua fala, criticou a postura de Kenny Bryan, assessor do deputado Marcio Pacheco (PP), o que desencadeou uma reação imediata. Pacheco defendeu seu servidor, afirmando que Freitas “não mandava na comissão”, iniciando um bate-boca.
O presidente da CCJ, Ademar Traiano (PSD), precisou intervir para retomar a ordem. Contudo, o clima continuou tenso e, após a sessão, as discussões se estenderam pelos corredores da Alep. Em vídeos que circulam nas redes sociais, Freitas aparece empurrando o assessor Kenny Bryan. Não há registro do que ocorreu antes ou depois do empurrão.
Os envolvidos trocaram acusações em notas oficiais. Renato Freitas alegou que foi interrompido durante sua fala e provocou reações ao criticar posturas consideradas desrespeitosas do assessor. Já Marcio Pacheco classificou a atitude de Freitas como “agressão ao parlamento”. Kenny Bryan afirmou que sempre manteve postura ética e se sentiu humilhado.
Ademar Traiano lamentou os “fatos lastimáveis” e reforçou o compromisso com o regimento interno e a transparência. A Alep declarou que parlamentares podem acionar o Conselho de Ética caso considerem que houve quebra de decoro.
Durante a mesma sessão, uma visitante foi levada à delegacia sob suspeita de injúria racial. Segundo o boletim de ocorrência, ela teria proferido ofensas racistas contra Kenny Bryan e outras pessoas presentes, incluindo uma assessora parlamentar negra. A mulher foi presa em flagrante e deve passar por audiência de custódia nesta terça-feira (25).